Estudos sobre a alimentação mineral do algodoeiro. II. Deficiências de micronutrientes na variedade I. A. C. 11

Abstract

No sentido de se obter o quadro sintomatológico da carência dos micronutrientes, assim como dados analíticos, cultivou-se em solução nutritiva purificada plantas de algodão da variedade I. A. C. 11. Foi obtido o quadro sintomatológico das carências de B, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn. A análise química das folhas novas afetadas pelas carências apresentou os seguintes valores (ppm): B=33; Cu=4,8; Fe=238; Mn=8,7; Mo = 0,12: Zn=25,2. INTRODUÇÃOA cultura do algodoeiro acha-se espalhada pelos quatro cantos do mundo adquirindo por isso grande importância econômica. Muitos trabalhos já foram feitos sobre a alimentação mineral dessa malvácea como se pode verificar através da revisão da literatura publicada por MALAVOLTA et al. O presente trabalho teve por isso duas finalidades principais:* Entregue para publicação em 1/10/73.

Efeitos do boro em algodoeiro cultivado em condições de casa de vegetação

“…No caso particular da análise química de folhas, deve-se esclarecer que a concentração do nutriente variou de 10 a 38ppm, com média de 19ppm, no tratamento testemunha, ou seja, naquele em que foram observados sintomas típicos de carência, conforme será descrito adiante. Trabalhando em condições semelhantes, outros autores encontraram valores para níveis críticos dentro dessa faixa (15,16).…”

“…Em condições severas de carên-cia, que persistam através de boa parte do ciclo do algodoeiro, o crescimento do ramo principal é bloqueado, com possível morte da gema terminal, os internódios ficam mais curtos, ocorre superbrotamento em nós freqüente-mente intumescidos, resultando no final em plantas de porte pequeno, muito ramificadas e improdutivas que retêm persistentemente a folhagem (2,3,4,6,7,8,10,13,14,16). Os frutos de tamanho menor abrem-se prematuramente e apodrecem com mais facilidade (2,6,11,14); às vezes, apresentam-se com a extremidade retorcida, tomando o formato de gancho, devido à fertilização incompleta, podendo ocorrer ruptura no pedúnculo e área mais escura e úmida na base do fruto (2,6,10,11,14,18).…”

“…Os frutos de tamanho menor abrem-se prematuramente e apodrecem com mais facilidade (2,6,11,14); às vezes, apresentam-se com a extremidade retorcida, tomando o formato de gancho, devido à fertilização incompleta, podendo ocorrer ruptura no pedúnculo e área mais escura e úmida na base do fruto (2,6,10,11,14,18). É verificada redução nas folhas novas, com clorose (2,3,6,10,13,14,18), contorção de pecíolos e alterações nas folhas em geral, como deformações no limbo, murchamento e dobramento dos bordos foliares, espess^mento e avermelhamento do limbo (4,10,13,14,16,18). Durante a fase de florescimento e frutificação (11), ou mesmo antes dela, surgem nos pecíolos foliares anéis concêntricos de verde mais escuro, acompanhados de engrossamento do tecido, intensa pilosidade e necrose da medula nas áreas correspondentes (2,3,8,10,11,14,18).…”