2000
DOI: 10.1590/s0034-77012000000200005
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De Jean de Léry a Claude Lévi-Strauss: por uma arqueologia de Tristes trópicos

Abstract: mostra entre os autores e suas narrativas acerca do Brasil numerosos paralelos. No modo de se relacionar com o Brasil, na descrição dos índios, na própria forma de construir seu texto, Léry aparece como um predecessor de Lévi-Strauss. Mais do que retomar a narrativa de Léry, Lévi-Strauss estabelece com ela um diálogo, no qual se pode também perceber as divergências de ponto de vista entre os autores, envoltas nas lembranças nostálgicas de ambos de suas estadas no Novo Mundo. PALAVRAS-CHAVE: Jean de Léry, Claud… Show more

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“…Cada um desses missionários franceses tenta perscrutar cada detalhe do cotidiano experimentado, de modo a aproximar o leitor da viva presença daquela realidade, ainda que sob a égide dos dogmas cristãos, por vezes, revisitados. Lestringant (2000) explica que Léry era um calvinista huguenote que não queria achar que o Brasil fosse uma nação incipiente, mas apresentar, em seus relatos, um lugar definidor de uma nação já existente; não há inocência em seu relato nem a pretendia buscar. Na linha de uma 'ilustração arqueológica', Farago (2017), porém, analisa o modo pelo qual, nesta obra de Léry, se trata o nativo na forma de objeto, sendo que o narrador francês foi um dos pioneiros em classificá-los conforme a aparência visual.…”
Section: As Narrativas De Viajantes E Sua Conjuntura: Quem As Escreve...unclassified
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“…Cada um desses missionários franceses tenta perscrutar cada detalhe do cotidiano experimentado, de modo a aproximar o leitor da viva presença daquela realidade, ainda que sob a égide dos dogmas cristãos, por vezes, revisitados. Lestringant (2000) explica que Léry era um calvinista huguenote que não queria achar que o Brasil fosse uma nação incipiente, mas apresentar, em seus relatos, um lugar definidor de uma nação já existente; não há inocência em seu relato nem a pretendia buscar. Na linha de uma 'ilustração arqueológica', Farago (2017), porém, analisa o modo pelo qual, nesta obra de Léry, se trata o nativo na forma de objeto, sendo que o narrador francês foi um dos pioneiros em classificá-los conforme a aparência visual.…”
Section: As Narrativas De Viajantes E Sua Conjuntura: Quem As Escreve...unclassified
“…Objeto do espectador com valor de peça integrada à natureza, o retrato não apresenta um ator disposto a conversar com o espectador. Ou seja, a despeito daquela intenção, Lestringant (2000) julga Léry etnocêntrico porque, por exemplo, o viajante francês não considera signos não alfabéticos como parte do sistema de escrita. A este também é atribuída, conforme explica Daher (2018), a 'invenção do selvagem' (expressão utilizada pela autora).…”
Section: As Narrativas De Viajantes E Sua Conjuntura: Quem As Escreve...unclassified
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