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Em artigo publicado em 1955, Terrien e Mills verificaram que, nas três amostras de distritos escolares selecionados para ínvestígação, a percentagem de pessoal empregado em funções administrativas crescia monotonicamente com o tamanho das classes em que haviam sido classificados os distritos. Esta descoberta pareceu-lhes constituir evidência dos efeitos do tamanho das organizações sobre sua estrutura interna, mas sobretudo uma confirmação da hipótese de que organizações de maior porte operam com um componente administrativo proporcionalmente mais amplo que o de organizações menores. 1 Desde então, testes sucessivos desta hipótese com amostras de organizações de tipos os mais diversos resultaram num considerável acervo de investigações empíricas e de proposições teóricas sobre a relação tamanho-estrutura, principalmente sobre a hipótese da intensidade administrativa. 2 Neste particular, o trabalho de Terrien e Mills permanece como um dos poucos que concluíram por uma correlação positiva entre tamanho das organizações e proporção do seu pessoal alocado a tarefas administrativas. Mais exatamente, porque a maioria dos estudos demonstraram a existência de uma assocíação inversa entre os termos da relação, o que enriqueceu teoricamente a hipó-tese. Aparentemente, a associação positiva conforma-se a uma concepção mais natural ou mais lógica da relação; a negativa, Inversamente, MO faz sentido aparente e requer explicação. Ao contrário do que se poderia esperar à primeira vista, por que organizações de maior porte empregam proporção menor de pessoal administrativo do que organizações de porte mais reduzido? Se tomarmos esta proporção como indicador de grau de burocratização a hip6tese da associação inversa contradiz frontalmente, entre outras coisas, a noção generalizada de que as organizações maiores são as mais burocratizadas. TAMANHO, COMPLEXIDADE E COORDENAÇÃOUm survey das investigações empíricas revelará que o conceito que desvenda a equação tamanho-intensidade administrativa é o de complexidade estrutural, e a figura 1 ilustra o tipo de relação que com mais freqüência é postulado entre as três variáveis. Figura 1Efeitos direto e indireto de tamanho sobre intensidade administrativ18 (1): 31-39,
Em artigo publicado em 1955, Terrien e Mills verificaram que, nas três amostras de distritos escolares selecionados para ínvestígação, a percentagem de pessoal empregado em funções administrativas crescia monotonicamente com o tamanho das classes em que haviam sido classificados os distritos. Esta descoberta pareceu-lhes constituir evidência dos efeitos do tamanho das organizações sobre sua estrutura interna, mas sobretudo uma confirmação da hipótese de que organizações de maior porte operam com um componente administrativo proporcionalmente mais amplo que o de organizações menores. 1 Desde então, testes sucessivos desta hipótese com amostras de organizações de tipos os mais diversos resultaram num considerável acervo de investigações empíricas e de proposições teóricas sobre a relação tamanho-estrutura, principalmente sobre a hipótese da intensidade administrativa. 2 Neste particular, o trabalho de Terrien e Mills permanece como um dos poucos que concluíram por uma correlação positiva entre tamanho das organizações e proporção do seu pessoal alocado a tarefas administrativas. Mais exatamente, porque a maioria dos estudos demonstraram a existência de uma assocíação inversa entre os termos da relação, o que enriqueceu teoricamente a hipó-tese. Aparentemente, a associação positiva conforma-se a uma concepção mais natural ou mais lógica da relação; a negativa, Inversamente, MO faz sentido aparente e requer explicação. Ao contrário do que se poderia esperar à primeira vista, por que organizações de maior porte empregam proporção menor de pessoal administrativo do que organizações de porte mais reduzido? Se tomarmos esta proporção como indicador de grau de burocratização a hip6tese da associação inversa contradiz frontalmente, entre outras coisas, a noção generalizada de que as organizações maiores são as mais burocratizadas. TAMANHO, COMPLEXIDADE E COORDENAÇÃOUm survey das investigações empíricas revelará que o conceito que desvenda a equação tamanho-intensidade administrativa é o de complexidade estrutural, e a figura 1 ilustra o tipo de relação que com mais freqüência é postulado entre as três variáveis. Figura 1Efeitos direto e indireto de tamanho sobre intensidade administrativ18 (1): 31-39,
o objetivo deste artigo é apresentar uma rápida apreciação sobre o estado atual de algumas novas abordagens da teoria administrativa. Trata-se de uma amostra de algumas tendências marcantes que escolhemos como representativas para algumas conclusões. Obviamente, restringimo-nos à escolha de algumas variáveis, definições e assuntos dentro de um tratamento genéri-co, tendo em vista o tamanho deste trabalho. A TEORIA ADMINISTRATIVA E O SEU AM-BIENTEAo retratar a história da ciência, Kuhn I rejeita a afirmação de que a ciência avançou simplesmente pela gradativa e cuidadosa acumulação de dados acerca de determinados conhecimentos. Ao invés dessa abordagem cumulativa, Kuhn afirma que a história da ciência centralizou-se na emergência de novos paradigmas que melhor definem a natureza da realidade que está sendo considerada através de abordagens originais. No fundo, Kuhn alega que a história da ciência é a história da competição entre diferentes paradigmas capazes de explicar o universo de entidades existentes ou não, a natureza de problemas admissíveis e os padrões pelos quais a solução de um problema pode ser julgada adequada. Um paradigma sucede a outro à medida que se torna claro que este é incapaz de explanar ou explicar adequadamente um novo problema. Parece, todavia, que tal não ocorre com a teoria administrativa. Para Brandenburg,? por exemplo, o pensamento administrativo é um corpo de conhecimentos cujo progresso é quase sempre cumulativo e adaptativo: hiatos são preenchidos, deficiências corrigidas, novos conhecimentos são sistematicamente expandidos e novas conclusões passam a relacionar e complementar idéias ou lacunas existentes. O que se verifica é que a teoria administrativa acompanha com certo atraso a época e o pensamento dominante. As práticas e os conceitos de administração são profundamente influenciados pelas ideologias reinantes na sociedade mais ampla. Todavia, a teoria administrativa guarda sempre uma demora e um gradualismo com relação às demais teorias existentes. Scott & Hart! comparam Taylor, Mayo e McGregor -os representantes das três principais correntes da teoria administrativacom Hobbes, Locke e Rousseau, respectivamente. Scott e Hart salientam que a resolução da tensão entre a natureza moral do homem e a necessidade de ordem na sociedade, baseou-se fundamentalmente na concepção da natureza humana: para Hobbes, o homem era essencialmente mau, enquanto para Rousseau o homem era essencialmente bom. Ambos partiam da pressuposição de que era absolutamente necessário postular sistemas de ordem, baseados naquelas suas concepções.' Todavia, os humanistas industriais -representados por McGregor -cometem o mesmo erro impetrado por Rousseau: pretendem alterar as instituições que baseiam a ordem na autoridade, mas não eliminam o controle externo; apenas o modificam, tornando-o mais sutil.Hall dá uma explicação bastante sensata para esse gradualismo. Toda vez que se fala em mudança-sociai, quase automaticamente se pensa nas organizações.
S éculos atrás, Marco Polo já aportara no Extremo Oriente e conhecera novos produtos e técnicas, até então desconhecidos para o Ocidente. A transmissão e a divulgação deles, do Oriente para o Ocidente, através desse navegador, podem ser consideradas, num sentido amplo, como uma transferência internacional de tecnologia. Pode-se, então, verificar que, embora esse processo seja antigo, existe um grande dinamismo pela própria concepção da tecnologia.Há a realização da transferência internacional de tecnologia quando uma empresa que desenvolveu uma determinada tecnologia, num país, permite a utilização desta por outra empresa, seja ela subsidiária ou não, instalada num outro país. Tecnologia é a aplicação da ciência, desenvolvida através da pesquisa, a fim de transformar recursos em produtos. Encontramos em Technology Atlas Team (ref, n? 115)uma das mais precisas e esclarecedoras explicações do que é tecnologia. Esse conceito inclui não somente máquinas e produtos mas, também, as formas de conhecimento e habilidades requeridas para utilizá-los. Assim, tecnologia é a conjugação entre tecnoware (a má-quina ou o produto em si), humanware (experiências, habilidades, técnicas, criatividade dos indivíduos), inforware (sistemas de informação, documentação), organware (práti-cas organizacionais e administrativas, instituições envolvidas). Nesse sentido, há que se questionar se efetivamente está havendo a realização da transferência de tecnologia entre os países.O próprio termo "transferência de tecnologia" é considerado por determinados autores, tais como Delazaro e Barbieri (refs. 047 e 075), ou Dias (ref. 016), como inadequado, pois a palavra transferência pode pressupor uma falsa idéia de doação, e não de pagamento pelo uso da tecnologia que uma empresa desenvolveu por uma outra que está adquirindo. Assim, há a utilização das palavras "importação / exportação" ao invés de "transferência", por parte desses autores.A crescente internacionalização das economias e a formação de blocos econômicos trazem o questionamento quanto às causas, os processos e as conseqüências da transferência internacional de tecnologia, principalmente no que concerne aos países em desenvolvimento. A facilidade de disseminação das informações, o desenvolvimento dos meios de transporte, o surgimento de empresas multinacionais, a criação de legislações que regulam os intercâmbios econômicos e as próprias inovações tecnológi-cas, entre outros motivos, fazem com que cada vez mais haja a internacionalização das economias. Paralelamente a essa globalização, está se configurando um processo de formação de blocos econômicos, nos quais países geograficamente próximos intensificam entre si os fluxos econô-micos, priorizando, assim, seus parceiros econômicos. Nesse contexto da economia mundial, vale considerar os estudos realizados a respeito da transferência ínternacío-
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