Conceitos em Relações Internacionais

Abstract

IntroduçãoO propósito desse texto é de analisar o nexo entre teorias de relações internacionais e conceitos aplicados às relações internacionais 1 . Dois problemas são investigados a esse respeito: por um lado, o alcance explicativo de teorias e conceitos, por outro, seu enfoque nacional ou regional. Pretende-se confrontar o papel dos conceitos ao das teorias mediante hipótese segundo a qual conceitos e teorias exercem papéis diferenciados no campo de estudo das relações internacionais. O passo seguinte consiste em afirmar que o alcance explicativo universal das teorias é forjado, visto que se vinculam a interesses, valores e padrões de conduta de países ou conjuntos de países onde são elaboradas e para os quais são úteis, contrariamente aos conceitos, que expõem as raízes nacionais ou regionais sobre as quais se assentam e se recusam estar investidos de alcance explicativo global.Essa linha de argumentação sugere reduzir a função das teorias e elevar o papel dos conceitos, seja no sentido de produzir compreensão, seja no sentido de subsidiar processos decisórios nas relações internacionais. Ademais, essa argumentação coloca em cheque o prestígio das teorias de relações internacionais nos programas de ensino e advoga a pesquisa dos conceitos produzidos em determinado país ou num conjunto de países.O texto levanta, pois, as questões do ensino nas universidades e do processo decisório. As teorias não são isentas nem imparciais, apenas são adequadas como fundamentação teórica para estudos acadêmicos e como subsídios à tomada de decisões quando tomadas com senso crítico ou até mesmo a reverso do conteúdo que veiculam. Elas podem conduzir intelectuais a caminhos incongruentes e lançar governantes contra interesses de seu povo.

Decolonialidade como epistemologia para o campo teórico da internacionalização da Educação Superior

“…Apesar de não terem sido localizados artigos brasileiros que relacionassem especificamente a decolonialidade ao fenômeno da internacionalização da educação superior, os estudos identificados suscitam possibilidades promissoras para a utilização dessa abordagem, sobretudo porque a maioria deles (Cervo, 2008;Rosa & Alves, 2011;Amorim, 2012;Spohr & Alcadipani, 2013;Faria, Imasato & Guedes, 2014;Borim-De-Souza & Segatto, 2015;Faria & Guedes, 2015) trata da hegemonia da perspectiva eurocêntrica/euro-americana em diferentes campos científicos. Uma segunda pesquisa, na base de dados Scopus…”

Latin American Thinking in International Relations Reloaded

“…Even worse, according to the Brazilian Amado Cervo (2008), the use of theories formulated 7 "(…) [I]ndependientemente de las malas interpretaciones que se han hecho del pensamiento kuhniano, nos parece que Kuhn fue un filósofo muy importante tanto en virtud de sus elaboraciones como por la capacidad de generar comunicación filosófica con variadas ramas del quehacer científico y social. Es obvio en este sentido que, desde nuestro punto de vista, valoramos de manera más positiva a las filosofías que tienen la capacidad de generar reacciones por parte de otras disciplinas, que aquellas filosofías 'encerradas en sí mismas '."…”

“…Cervo (2008; proclaims the necessity to redefine concepts depending on a national or regional perspective. His goal is to attain a greater correctness when "interpreting" reality.…”

Latin American Foreign Policy Analysis: External Influences and Internal Circumstances

“…Concepts express the culture of a nation and its academic community, and, once constructed, become incorporated to the corpus of knowledge of that nation, helping to provide explanations and make explicit national values. The difference between his ideas and Wendt's is that Cervo (2008:22–23) considers ideas objects that influence foreign policy, and Wendt sees them as research variables.…”

“…For Cervo (2008), theories of international relations apply to developed nations and, in developing nations, should be replaced by concepts. He sees social constructivism as the most important contribution of the postmodernist debate because for Wendt concepts are conscious historical social constructions, with national or regional roots, that acquire importance when theories no longer facilitate general explanations.…”