“…Esse resultado não é inédito, porém, alarmante considerado como um importante causador de deterioração da qualidade da assistência de enfermagem (Marziale, 2001;Aiken et al, 2003;Pronovost et al, 2001); de ansiedade (Barros et al, 2003); sofrimento psíquico (Beck, 2000); estresse ocupacional, compreendido como o desequilíbrio entre a percepção da exigência do trabalho e a capacidade da enfermeira para atendê-la (Paraguay, 1990) Estudos internacionais apontaram que o déficit de enfermeiras é responsável pelo aumento da mortalidade de pacientes cirúrgicos (Aiken et al, 2002) e pelo aumento de complicações cardíacas, respiratórias e infecciosas em pacientes críticos (Amaravadi et al, 2000;Pronovost et al, 2001;Dang et al, 2002) A falta de autonomia e limitação do âmbito de ação, também emergentes como aspectos negativos do trabalho em UTI, sugerem, nesse nível de análise, ser conseqüentes à vinculação entre os hospitais de origem da maioria das enfermeiras (hospitais 1 e 2) e uma faculdade de Medicina, privilegiando, portanto, o ensino e aprendizado médicos: "(....) gostaria sim de exercer as funções de enfermeira, passar junto visita médica e realizar alguns procedimentos de enfermeira que aqui são feitos pelo residente" (E 40) A falta de reconhecimento e respeito pelo trabalho que executa nas UTIs foi outro tema que emergiu dos discursos, tendo profundo impacto sobre a imagem profissional da enfermeira e, conseqüentemente, sobre suas percepções acerca do trabalho, da profissão, da auto-estima, auto-conceito e auto-imagem (Takase et al, 2001(Takase et al, , 2002. desempenham um papel ímpar e decisivo nas equipes que se encarregam das tarefas de assistência aos pacientes."…”