1999
DOI: 10.1590/s0034-71671999000100002
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A feminilização da AIDS: uma questão de gênero?

Abstract: Based on the data presented in the AIDS Epidemical Report published by the Health State Department, we notice that throughout the trajectory of this epidemic in our country, the data relating to women remained invisible (although present), the vulnerability of feminine population was hidden amongst the other categories, and that shows the need of understanding AIDS as a disease of both men and women, and its prevention, thought and improved within a perspective of gender.

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“…Aparece como tentativa do sujeito de escapar das ansiedades e dos conflitos que se colocam do mundo externo e interno; como se o pensamento fosse capaz de controlar, explicar e alterar a realidade (Lindenmeyer & Ceccarelli, 2012). O ideal de amor romântico, a relação estável e o casamento aparecem como exemplos de situações que criariam uma cerca de proteção e o perigo estaria depositado em estereótipos que em certa medida foram introduzidos no imaginário popular no início da epidemia como grupos de risco que seriam, por exemplo, os homossexuais, as prostitutas e as pessoas consideradas com comportamentos promíscuos (Ayres, 2002;Bacchini, 2017;Knauth, 1998;Paiva, 1999;Silva, 2012). No entanto, por mais que os participantes das rodas tenham manifestado sua adesão à ideia de proteção, que se expressa como um pensamento mágico, também anunciaram dúvidas em relação a essa crença ou aposta.…”
Section: Resultsunclassified
“…Aparece como tentativa do sujeito de escapar das ansiedades e dos conflitos que se colocam do mundo externo e interno; como se o pensamento fosse capaz de controlar, explicar e alterar a realidade (Lindenmeyer & Ceccarelli, 2012). O ideal de amor romântico, a relação estável e o casamento aparecem como exemplos de situações que criariam uma cerca de proteção e o perigo estaria depositado em estereótipos que em certa medida foram introduzidos no imaginário popular no início da epidemia como grupos de risco que seriam, por exemplo, os homossexuais, as prostitutas e as pessoas consideradas com comportamentos promíscuos (Ayres, 2002;Bacchini, 2017;Knauth, 1998;Paiva, 1999;Silva, 2012). No entanto, por mais que os participantes das rodas tenham manifestado sua adesão à ideia de proteção, que se expressa como um pensamento mágico, também anunciaram dúvidas em relação a essa crença ou aposta.…”
Section: Resultsunclassified
“…A AIDS trouxe consigo novas discussões envolvendo o tema sexualidade no pós-modernidade, além de resgatar problemas enfrentados em séculos anteriores, quando as "doenças venéreas" tinham alta incidência entre a população (8) .…”
Section: Introductionunclassified
“…Avançamos do pensamento primitivo de que a doença esteja associada às elites masculinas homossexuais, para a compreensão de que a epidemia é de todos os seres humanos, e não apenas de alguns poucos grupos. Segundo Paiva (1999), as atuais vítimas do vírus HIV nos levam a pensar em comportamentos, e não em grupos de risco (8,9) . Nesta mesma época, ou seja, em meados de 1980, coincidentemente ou não, o Planejamento Familiar torna-se objeto de discussão entre instituições públicas, privadas e religiosas.…”
Section: Introductionunclassified
“…Com base nos indicadores epidemiológicos, constatamos que houve deslocamento no perfil da síndromecaracterizado, inicialmente, pelo homossexual e bissexual masculino, para incluir, cada vez mais, a mulher de 15 a 45 anos de idade e a criança de zero a cinco anos de idade no rol de casos notificados. Em relação aos fatores associados à cadeia epidemiológica do HIV/AIDS, registramos que eles estão apresentados e discutidos em inúmeras publicações (5,6) .…”
Section: Introductionunclassified