“…Na esfera econômica, predominou a agenda de estabilização monetária mediante emprego de regimes de metas de inflação, câmbio flutuante, apreciação da taxa de juros, endividamento interno e superávits fiscais em detrimento de uma política de desenvolvimento de longo prazo. No plano federativo, as reformas impulsionaram a reconcentração de poder na União, mediante redução da autonomia das esferas subnacionais, com concentração de recursos financeiros no âmbito central e fortalecimento da capacidade de coordenação federativa do gestor federal por diversos instrumentos, como indução financeira e regulação legal, programas de endividamento dos estados e municípios, Lei de Responsabilidade Fiscal e emendas de vinculação de recursos, de privatização dos bancos estaduais e de ampliação assimétrica da carga tributária, entre outros (6)(7)(8)(9). No âmbito interno, a reforma administrativa privilegiou a formação de núcleos estratégicos, transferindo ao mercado atividades produtivas e compartilhando funções com a sociedade civil, o que resultou em redução de estrutura, composição de quadros e alcance de sua capacidade planejadora.…”