Adubação do algodoeiro VII: ensaios com diversos adubos fosfatados (1.ª série)

Abstract

Iniciando a publicação dos ensaios destinados a determinar a eficiência relativa de diversos fosfatos na adubação do algodoeiro, os autores apresentam os resultados obtidos nos que foram começados antes de 1941. Na presente série figuram seis ensaios, dos quais sòmente cinco foram aproveitados para verificar o efeito sôbre a produção. Conforme o ensaio, as doses de P2O5 variaram entre 60 e 90 kg/ha e foram sempre empregadas na presença de azôto e potássio. Êsses ensaios foram instalados em terra-roxa-raisturada ou massapê-salmourão e conduzidos por três ou mais anos nos mesmos canteiros. Com exceção de Rofosfato e Cibrafosfato, que se mostraram um pouco inferiores, os demais adubos estudados - superfosfato em pó ou granulado, fosfato precipitado, Renâniafosfato, Germâniafosfato, Serranafosfato, escórias de Thomas, farinha de ossos crus ou degelatinados - deram resultados praticamente iguais. Todavia, o pequeno número de ensaios deste grupo e as condições em que êles foram realizados não permitem tirar conclusões definitivas sôbre o assunto. Em quatro ensaios foram incluídos canteiros adubados sòmente com azôto e potássio, podendo-se verificar que o efeito médio do fósforo sôbre a produção foi muito bom em dois e verdadeiramente espetacular nos outros dois. Nestes últimos, o efeito sôbre o pêso e a altura das plantas também foi grande, embora bem menor que na produção. Quando a primeira colheita foi efetuada cedo, pôde-se observar que a marcha da frutificação foi muito mais acelerada nas plantas que receberam fósforo. Êste nutriente também aumentou consideràvelmente o pêso dos capulhos, mas praticamente não modificou a porcentagem de fibra e o comprimento desta.

Modo e época de aplicação de fosfatos na produção e outras características do algodoeiro

“…Na conjunta (Quadro 2 e Figura 2), entretanto, os tratamentos adubados superaram a testemunha com aumentos de produtividade variáveis entre 14 e 24%, não sendo significativa apenas a diferença devida à fosfatagem única (f). Trabalhando em terra-roxa misturada de Campinas, NEVES & FREIRE (1959) e AGUIAR et al (1960, observaram excepcional efeito de resíduos de três ou quatro aplicações anuais sucessivas de superfosfato no sulco de semeação, no primeiro cultivo após a fase de adubação. O efeito imediato de acúmulo de adubo aplicado desse modo, no presente caso, foi apenas de 21%, porém perdurou por três anos, na média dos quais suplantou estatisticamente a testemunha t. Reforça-se, dessa forma, a idéia de que se possa gradativamente reduzir a quantidade de fósforo na adubação do algodoeiro, após período -a se precisar em cada caso de acúmulo de adubação (AGUIAR et al, 1960).…”

“…Tais resultados confirmam, de certa forma, a capacidade atribuída ao fósforo de regularizar a maturação e a abertura dos frutos do algodoeiro (SCHMIDT et al, 1958;NEVES & FREIRE, 1959;AGUIAR et al, 1960;SILVA et al, 1973, e SABINO & SILVA, 1984. No presente caso, no entanto, o ciclo de maturação dos frutos parece ter sido influenciado, também, pelo tipo de adubo fosfatado e pelo modo de aplicação.…”

“…Resultados semelhantes são relatados por NEVES & FREIRE (1959), AGUIAR et al (1960), SILVA et al (1971c) e SABINO & SILVA (1984). Em contrapartida, o nutriente proporcionou um decréscimo até de 2% na porcentagem de fibra, confirmando uma tendência observada em trabalho de SABINO & SILVA (1984).…”

Formas de fósforo em solos do Estado de São Paulo

“…2, 3, 4, 5, 6, 10, 13, 14,15,18,19). Têm sido feitos, também, estudos em que se utilizam várias soluções extratoras para reconhecer solos ricos ou pobres em P e prever a reação à adubação fosfatada (7, 8).…”