RESUMO -Foi avaliado o comportamento da MHA-TP em 25 amostras de liqüido cefalorraqueano (LCR) obtidas de pacientes com diagnóstico de neurossífilis (grupo NS) e em 7 amostras de LCR de pacientes com reações sorológicas reagentes para sífilis (grupo RSS-), comparando-o ao de outras reações treponêmicas e não treponêmicas.A MHA-TP foi reagente em todas as amostras do grupo NS, a reação de imunofluorescência (FTA-Abs) e a de fixação de complemento de Wassermann (FCW) em 24 e a reação do V.D.R.L. (VDBL) em apenas 9. Nas 7 amostras do grupo RSS+ o FTA-Abs foi reagente, a MHA-TP em 6 e a FCW e o VDRL foram não reagentes.A análise dos resultados permitiu a conclusão de que o diagnóstico clínico de neurossífilis deve ser complementado pelo exame do LCR através do estudo das células, do perfil proteico e da associação de reações imunológicas treponêmicas e não treponêmicas.A MHA-TP foi tão sensível quanto o FTA-Abs e requereu menor prática técnica e interpretativa, contribuindo, quando associada a reações não treponêmicas, ao diagnóstico de neurossífilis. SUMMARY -A quantitative micro-hemagglutination test for antibodies to Treponema pallidum (MHA-TP) was evaluated in 25 cerebrospinal fluid (CSF) samples obtained from patients with neurosyphilis (NS group) and in 7 CSF samples of patients with reactive serologic tests for syphilis (STS -). These data were compared to treponemal and nontreponemal tests.
Contribution of micro-hemagglutination test for antibodies toThe MHA-TP was reactive in all of the 25 NS group samples, the FTA-Abs and the complement fixation of Wassermann (CFW) were in 24 and the VDRL. in only 9. In the 7 STS+ samples (STS+ group), the MHA-TP was reactive in 6, the FTA-Abs in all of them and the nontreponemal tests were nonreactive.Results analyses support conclusion the clinical diagnosis of NS must be complemented by cytoproteic dual and immunological treponemal and nontreponemal assays in CSF. The MHA-TP test was as sensitive as FTA-Abs and required less technical and interpretative skills, contributing in association to CFW to NS diagnosis.As publicações mais recentes concordam em duas afirmações sobre a neurossí-filis: o advento da penicilinoterapia promoveu redução marcante na sua incidência e o uso indiscriminado de antibióticos induziu a dificuldades maiores no seu diagnós-tico clínico 3,14,17.A atipia das formas clínicas atuais da neurossífilis e o número crescente da sua forma assintomática 6 tornaram imprescindível seu diagnóstico laboratorial pelo exame do líquido cefalorraqueano (LCR) 1 8 que, segundo as normas do Center