Conhecimento dos obstetras sobre a transmissão vertical da hepatite B

Abstract

RESUMO -Contexto -A transmissão vertical é responsável por 35% a 40% dos novos casos de hepatite B no mundo e a infecção precoce pelo vírus da hepatite B aumenta o risco de evolução para a hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. Objetivo -Determinar o conhecimento dos obstetras sobre as práticas para o diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite B em gestantes e as condutas para a prevenção desta infecção em recém-nascidos de mães infectadas. INTRODUÇÃOO vírus da hepatite B (VHB) é a principal causa de hepatopatia crônica no mundo. Admite-se que cerca de 400 milhões de pessoas estejam infectadas por esse agente e que 15,0% a 40,0 % dos indivíduos com a infecção irão desenvolver cirrose, insuficiência hepática ou carcinoma hepatocelular (5,19) .A transmissão da hepatite B ocorre principalmente através da exposição percutânea ou de mucosas a sangue ou fluidos corpóreos contaminados com o vírus. As formas de contágio mais importantes são a via sexual, a inoculação percutânea através de objetos perfurocortantes e a transmissão vertical, seja por via transplacentária, no momento do parto, ou durante o aleitamento materno e os cuidados com o neonato. Embora a transmissão vertical do VHB seja mais frequente nas regiões de alta endemicidade, tais como alguns países da Ásia, da África e na Amazônia, os dados epidemiológicos demonstram que essa via é responsável por 35,0% a 40,0% dos novos casos de hepatite B no mundo e é através dela que o vírus é mantido na população (4,8,11,19) . Classicamente, admite-se que a evolução para infecção crônica ocorre em 90% das crianças infectadas no período neonatal, sobretudo naquelas cujas mães apresentam AgHBS e AgHBe positivos no momento do parto. A infecção neonatal pelo VHB é quase sempre assintomática e a evolução da doença é insidiosa, determinando maior risco de desenvolvimento de complicações e elevando sobremaneira a morbimortalidade (4,12,16) . Calcula-se que o risco de desenvolvimento do carcinoma hepatocelular nas crianças infectadas por transmissão vertical pelo VHB é cerca de 200 vezes maior que o da população geral, demonstrando a importância do diagnóstico pré-natal (4) . Vários estudos têm demonstrado que a imunoprofilaxia imediatamente após o nascimento, com a administração da vacina e imunoglobulina, previne a infecção neonatal pelo VHB em mais de 90,0% dos casos (11,12,19) .No Brasil, a prevalência de infecção pelo VHB é estimada em 7,9%, porém existem diferenças regionais

Prevalence of hepatitis B and C seropositivity in pregnant women

“…It is believed, however, that there is the possibility of contamination when the milk is offered to non-vaccinated infants (9) .…”

“…Transmission from mother to child occurs in 90% of cases where the mother is seropositive for HBsAg and HBeAg, and in 10% of cases of seropositivity only for HBsAg (23) . Thus, the World Health Organization and UNI-CEF recommend exclusive breastfeeding, even in highly endemic regions, independent of immunoprophylaxis, because of the high morbidity and mortality in children who are not breastfed (9) .…”

“…The late diagnosis increases the risk of complications and increases morbidity and mortality. In children infected by vertical transmission of HBV, the risk of developing hepatocellular carcinoma is about 200 times higher than general population (9) .…”

“…The Centers for Disease Control and Prevention, the American College of Obstetricians and Gynecologists and the Brazilian Ministry of Health recommend immunoprophylaxis with vaccine administration in the first 12 hours of life, associated with specific hyperimmune hepatitis B immunoglobulin (HBIG) for newborns of pregnant women with HBV (9) . This approach prevents infection in over 90% of cases.…”

“…This approach prevents infection in over 90% of cases. In the U.S., 81% of obstetricians recommend the hepatitis B vaccine (9) .…”