As questões relativas a gênero, nos últimos tempos, têm se destacado nas discussões sociais e no fortalecimento da luta feminina por seus direitos, principalmente aquelas que fazem referência direta à igualdade entre homens e mulheres e à não aceitação de violência. Fruto de uma sociedade marcada pelo machismo advindo de uma cultura patriarcal, a violência tem sido algo muito frequente nas relações afetivas, algo que deve ser combatido constantemente. Nesse ínterim, o objetivo deste trabalho é analisar as questões de gênero e de machismo presentes no conto O direito de não amar, de Lygia Fagundes Telles, e as posições discursivas que surgem nele. Para tal, fazemos uso da pesquisa bibliográfica, a partir da revisão literária, e do modelo de sequência didática proposto por Cosson (2011). A partir da análise do conto, à luz da teoria utilizada, os resultados apontam que, apesar de estarmos no século XXI, numa sociedade totalmente oposta à sociedade patriarcal, resquícios do patriarcado ainda são bastante notórios nas relações entre homens e mulheres, como se pode depreender das cenas diárias que acontecem nas relações, como as demonstradas nas figuras da sequência didática. Como conclusões, o estudo sinaliza que, apesar das leis estarem a favor das mulheres, elas ainda precisam lutar muito para usufruir totalmente de seus direitos sociais.