2019
DOI: 10.1590/es0101-73302019218952
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Uma Pedagogia Contra O Outro? Competitividade E Emulação

Abstract: RESUMO: Este artigo analisou algumas das mais importantes características das políticas educativas contemporâneas, especialmente aquelas que têm sido introduzidas pelas reformas gerencialistas da educação pública. Retomando vários trabalhos que publicou ao longo dos últimos anos sobre esse tema, o autor destacou o processo de impregnação empresarial das escolas, a privatização lato sensu como princípio reformador, a hegemonia da educação e formação vocacional, as práticas meritocráticas promotoras de desiguald… Show more

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“…Ao analisar as respostas dos discentes, percebe-se que há, por parte de alguns deles, reações não satisfatórias relacionadas com a lógica competitiva com que alguns professores abordam determinados aspectos. A introdução da competitividade no ambiente educativo, conforme afirma Lima (2019), possui impacto sobre os estudantes e, além disso, atravessa as concepções de educação e de cultura escolar, incide sobre as decisões de gestão do currículo, das práticas pedagógicas, nas modalidades de avaliação pedagógica e nos processos de socialização e de convivialidade. O estímulo para a competitividade degenerada contribui sobremaneira para a alienação dos sujeitos, para a perpetuação e legitimação das desigualdades e para as práticas de segregação interescolar e intraescolar dos estudantes, podendo transformar-se numa pedagogia de um contra o outro.…”
Section: Resultsunclassified
“…Ao analisar as respostas dos discentes, percebe-se que há, por parte de alguns deles, reações não satisfatórias relacionadas com a lógica competitiva com que alguns professores abordam determinados aspectos. A introdução da competitividade no ambiente educativo, conforme afirma Lima (2019), possui impacto sobre os estudantes e, além disso, atravessa as concepções de educação e de cultura escolar, incide sobre as decisões de gestão do currículo, das práticas pedagógicas, nas modalidades de avaliação pedagógica e nos processos de socialização e de convivialidade. O estímulo para a competitividade degenerada contribui sobremaneira para a alienação dos sujeitos, para a perpetuação e legitimação das desigualdades e para as práticas de segregação interescolar e intraescolar dos estudantes, podendo transformar-se numa pedagogia de um contra o outro.…”
Section: Resultsunclassified
“…Em outra direção, Ferreti e Silva (2017), Ramos e Frigotto (2016), Lima (2019), Gallian e Santos (2018) e Silva (2017), por caminhos analíticos heterogêneos, estabelecem um diagnóstico crítico da atual reforma, a qual, centrada na flexibilização curricular, apostou no desenho de itinerários formativos que possibilitariam ao jovem protagonista a escolha de seu percurso curricular. Sendo que, neste cenário, para muitos pesquisadores do campo, têm-se uma fragilização do currículo: perde-se de vista a formação integral, objetivo central de muitas políticas curriculares anteriores, e precariza-se o acesso a conhecimentos relevantes.…”
Section: Políticas Curriculares Para O Ensino Médio No Brasil: Rastros Conceituaisunclassified
“…Nesta esteira, Lima (2019), escrevendo a partir do contexto português, alerta-nos sobre a impregnação empresarial das escolas, que faz parte da cultura do novo capitalismo e que compõe uma nova gramática que envolve as atuais reformas curriculares contemporâneas. O autor nos apresenta elementos que permitem uma reflexão ampliada sobre os paradoxos da democracia que emergem dessa racionalidade.…”
Section: Políticas Curriculares Para O Ensino Médio No Brasil: Rastros Conceituaisunclassified
“…A educação e formação estritamente vocacionais , tal como hoje se revelam, representam instrumentos privilegiados de uma nova arte da guerra: pelas qualificações e competências, pela empregabilidade, pela produtividade e pela competitividade económica, pelas vantagens competitivas, pela busca de talentos, pela revolução digital, etc. E por isso a pedagogia inerente a essa estratégia altamente competitiva tende a ser uma pedagogia contra o outro (Lima, 2019), convocando à meritocracia, à divergência competitiva e socialmente diferenciadora, ao aprender para ganhar através de uma pedagogia empreendedora, à emulação daquelas que são consideradas as melhores práticas. Tudo isso foi genericamente associado por Dewey ao liberalismo "dos primeiros tempos", alvo das suas críticas já na década de 1930:…”
Section: Contra a Educação Instrumento E O Sistema Competitivounclassified