Efeitos dos exercícios vocais no tratamento da disfagia: revisão integrativa

Abstract

RESUMO Objetivo verificar as evidências disponíveis sobre o efeito dos exercícios vocais no tratamento da disfagia. Estratégia de pesquisa foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, LILACS, SciELO e MEDLINE, sem restrições quanto ao período de publicação. Critérios de seleção artigos originais, estudos de caso e/ou revisões de literatura publicados nos idiomas português e/ou inglês, disponíveis eletronicamente na íntegra e que abordassem o tratamento clínico com exercícios vocais em adultos e idosos com disfagia. Foram excluídas publicações repetidas nas bases de dados, com população de crianças, com indivíduos que não apresentassem o diagnóstico de disfagia, com exercícios vocais sem especificação, com exercícios exclusivos de deglutição, artigos e/ou resumos sem possibilidade de acesso pelas plataformas institucionais e estudos com modelo animal. Resultados foram encontrados 2.356 artigos, dos quais, após aplicados os critérios de elegibilidade, foram selecionados 8 para a amostra final. Para avaliar os efeitos dos exercícios vocais, os estudos utilizaram avaliação clínica, videofluoroscopia, videoendoscopia e eletromiografia. Quanto aos efeitos dos exercícios vocais na deglutição, observou-se que as técnicas de som plosivo, empuxo, trato vocal semiocluído, som basal, modulação vocal, sobrearticulação, o método Lee Silverman Voice Treatment® e o uso de exercícios de treino de força muscular expiratória apresentaram efeitos positivos na reabilitação da disfagia. Conclusão os estudos com treino de força muscular expiratória, o método Lee Silverman e os exercícios vocais tradicionais demonstraram efeitos positivos no tratamento da disfagia. No entanto, ainda não foi possível comprovar o nível de evidências de todos os estudos.

Principais Manifestações Fonoaudiológicas Em Pacientes Pediátricos Com Tumor Cerebral: Uma Análise Da Literatura

“…Vale ressaltar, que no estudo de De Moura Ribeiro (2020) a efetividade da intervenção fonoaudiológica para a população do estudo, acontece de forma individualizada pela prática clínica. Assim, percebe-se no trabalho de Queiroz et al, (2022) que as estratégias terapêuticas empregadas incluem técnicas de fonação e miofuncionais, como a técnica de rigidez glótica para facilitar a captura da glote, e a técnica de alongamento "B" para acomodar mudanças na atividade da língua, lábio e músculo bucinador, estimular a sensibilidade do palato mole e o reflexo de deglutição, para aprimorar a mobilidade e a sensibilidade orofacial, garantindo a plena realização das funcionalidades vitais nestes indivíduos.…”

“…Diante este cenário, os procedimentos empregados devem consistir em técnicas vocais e miofuncionais, como a Técnica de firmeza glótica para favorecer captação glótica, e a Técnica do "b" prolongado para adequar as alterações da mobilidade da língua, lábios e músculos bucinadores, estimular a sensibilidade de véu palatino, e o reflexo de deglutição. Para que assim, a terapia fonoaudiológica resulte na melhoria da mobilidade e sensibilidade orofacial, e gerenciamento salivar, promovendo o processo da alimentação de modo seguro (QUEIROZ et al, 2022).…”

Abordagem Fonoaudiológica Em Presbifagia Em Um Grupo De Idosos Na Atenção Primária Em Saúde

“…Pigarro constante, por exemplo, pode ser explicado pela estase de secreção na hipofaringe por causa da mudança da mobilidade faringoesofágica no idoso durante a deglutição (Pessin, 2015). Também foram percebidas alterações vocais em alguns participantes no grupo que estão de acordo com o quadro de presbifonia, que pode influenciar no quadro de presbifagia (Cardoso, 2010;Queiroz et al, 2022;Favoretto et al, 2017). Ao final do ciclo de prática foi percebido melhora na voz, principalmente quanto à limpeza faríngea, quanto a sensação de estase faríngea, episódios de engasgos, e melhora da fala, através dos momentos de compartilhamento de experiências quanto à prática, sobre a semana e orientações que eram dadas no início de cada encontro.…”

Efeito do uso de incentivadores respiratórios nos tempos máximos fonatórios em crianças com fissura labiopalatina: ensaio clínico randomizado

“…Silva & Silva, 2018) e estão relacionados a resultados positivos em diferentes tratamentos de pacientes adultos e pediátricos (Cavenaghi, et al, 2011;Brito, et al, 2020). O uso de exercícios respiratórios na reabilitação, pode ir além de sua recomendação usual, exclusivamente respiratória (Queiroz, et al, 2022). Na Fonoaudiologia, o uso da PEP (com incentivadores respiratórios), para treino de força muscular respiratória, associado ou não, a exercícios vocais tradicionais já mostrou efeitos positivos em tratamentos realizados na área da disfagia (Rodrigues et al, 2019;Queiroz et al, 2022).…”