Associação entre disfunção temporomandibular e zumbido em idosos

Abstract

RESUMO Objetivo Verificar a associação entre zumbido e disfunção temporomandibular em idosos. Métodos Estudo transversal realizado com a inclusão de idosos com vida independente. A disfunção temporomandibular foi avaliada por exame odontológico e o zumbido foi verificado pela história médica. A análise estatística foi realizada utilizando o teste Qui-quadrado, o risco relativo e a regressão logística. Resultados O zumbido foi observado em 82,9% dos indivíduos com disfunção temporomandibular e, através desta análise, observou-se que a disfunção temporomandibular é um fator de risco para o zumbido. Conclusão Houve associação entre zumbido e disfunção temporomandibular na população idosa. Ressalta-se a importância de identificar fatores de risco para o zumbido, que podem ser modificados por meio de intervenções específicas, uma vez que esta prática é essencial na prevenção de episódios futuros, bem como na gestão do processo de tratamento de pacientes idosos, em geral.

Achados audiológicos em portadores de zumbido subjetivo associado a DTM

“…A relação entre a dor da DTM e o zumbido é relacionada devido à proximidade anatômica entre a ATM e o sistema auditivo, além dos pontos-gatilho, em especial nos músculos esternocleidomastoideo e masseter, que quando estimulados provocam dor no local e à distância 4 ; assim, a formação de pontos algógenos nesses músculos pode provocar irradiação para a orelha, gerando zumbido [11][12] .…”

“…O zumbido é definido como uma experiência na qual o indivíduo ouve um som na ausência de um estímulo sonoro correspondente 13 , e é um sintoma frequente em indivíduos com DTM 1 . Estudos recentes têm apontado que indivíduos com um sinal ou mais de disfunção da articulação temporomandibular, e que possuem queixa de zumbido e audição normal na faixa de frequências convencionais apresentam zumbido de pitch agudo, contínuo e bilateral, com impacto leve na qualidade de vida, que acomete inclusive a população idosa [11][12] .…”

“…A ocorrência de queixas auditivas em indivíduos com DTM foi analisada por meio do registro das Emissões Otoacústicas Evocadas por Estímulo Transiente (EOET) cujos limiares auditivos se encontram dentro dos padrões de normalidade 2,[11][12] . Este estudo embora não tenha confirmado a alteração no mecanismo de amplificação coclear causada pela DTM, salientou que o fonoaudiólogo, em função da alta incidência de queixas auditivas deve considerar a hipótese de ocorrência de alterações na ATM e realizar os encaminhamentos necessários, mesmo na ausência de perda auditiva, objetivando a efetivação do diagnóstico e tratamento adequados.…”

“…Esse tratamento se deve ao fato de o indivíduo ser considerado globalmente, procurando adequar a mobilidade das articulações, reabilitar a oclusão dentária, reposicionar a língua, reeducar posturas, equilibrar grupamentos musculares e orientar trabalho respiratório, melhorando a qualidade de vida do paciente e promovendo seu retorno mais breve possível às atividades diárias [8][9] . 3,[11][12] . Considerando os sintomas auditivos e a etiologia oclusal da DTM torna-se importante investigar a saúde auditiva em indivíduos com queixa de zumbido associada, a fim de obter-se melhor direcionamento na reabilitação do paciente, seja esta ortodôntica ou fonoaudiológica.…”