Exposição e reatividade do prematuro ao ruído em incubadora

Abstract

RESUMO Objetivo Avaliar a exposição e a reatividade do prematuro ao ruído intenso durante o cuidado em incubadora. Método Estudo observacional prospectivo na unidade de cuidados intermediários de um hospital de Ribeirão Preto (SP). Na primeira etapa do estudo (dimensionamento do ruído) participaram 35 prematuros e na segunda (análise da reatividade diante de um ruído intenso), 20. O ruído foi mensurado durante duas horas por um dosímetro e a reatividade filmada por três câmeras conectadas no computador. Diante de Lmáx superior a 65 decibéis analisou-se a reatividade dos prematuros. Resultados Todos os prematuros apresentaram Leq acima do limite recomendado por organizações internacionais e mais da metade dos bebês esteve com Leq médios superiores ao limite permitido em incubadora pela norma brasileira. Diante do ruído intenso, grande parte dos bebês desencadeou reflexo cócleo-palpebral, sobressalto, mímica facial, modificou as atividades corporais ou apresentou padrão de sono e vigília, com diferenças estatisticamente significativas. Conclusão Os níveis sonoros mensurados foram intensos. O ruído a que os prematuros estão expostos nas incubadoras durante os cuidados recebidos constitui um evento estressante, modifica o estado comportamental e desencadeia respostas reflexas, corporais, manifestações faciais e mudança no estado de sono e vigília diante dos ruídos intensos e súbitos.

Humanização hospitalar com enfoque assistência de Enfermagem ao recém-nascido prematuro em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: uma revisão bibliográfica narrativa

“…Nas UTIN, encontramos diversos equipamentos, todos com uma função especial, dentre eles estão inclusos a incubadora para manter o RN em uma temperatura agradável, monitores cardíacos, que informa qualquer alteração na frequência cardíaca, monitores respiratórios que mostram a capacidade respiratória do RN (Rodarte et al, 2019).…”

Práticas adotadas pela enfermagem para a promoção do cuidado desenvolvimental dos recém-nascidos prematuros

“…O aumento da pressão sonora que é exposta aos RN é proporcional ao aumento dos efeitos negativos para os mesmos, levando ao aumento da pressão intracraniana, advinda da irritabilidade e do choro, aumentando a ocorrência de hemorragia intracraniana. Ainda como efeito indesejado temos o consumo maior de energia e a desaceleração do ganho de peso consequente do possível aumento do consumo de O2 e da elevação da frequência cardíaca (Rodarte et al, 2019). É de tamanha importância manter a unidade de terapia intensiva neonatal um ambiente tranquilo e silencioso, o ruído é extremamente prejudicial para o desenvolvimento do RN no seu período de internação, deve-se estar particularmente atento ao tom da voz e manipulação de objetos que emitem muitos ruídos, como no controle do ambiente, devendo este estar interditado a circulação de pessoas às quais não sejam necessárias, pois por mais que se tente manter o silencio, estas acabam emergindo sons decorrentes de uma grande aglomeração, também é necessário informar aos pais e outros visitantes sobre a questão do excesso de ruídos.…”

“…Os ruídos a que os RN estão expostos dentro das incubadoras, durante as práticas do cuidado, podem acarretar estresse, modificar o estado comportamental e atrapalhar no estado de sono e vigília (Rodarte et al, 2019). Ainda, o ruído em níveis elevados pode acarretar danos sérios ao desenvolvimento do RNPT, em que quando presente, verifica-se os sinais de estresse, de apneia, respiração irregular, diminuição da oxigenação, aumento da frequência cardíaca e respiratória, palidez, náusea, vômitos, cianose, eructação, flacidez, tremores, irritabilidade e choro (Nazario et al, 2105).…”

“…Atualmente com o avanço das tecnologias hospitalares torna-se mais complicado em reduzir os ruídos existentes no ambiente, pois quanto mais equipamentos modernos no setor, mais efeitos sonoros são emitidos, como os alarmes (Santana et al, 2015). Segundo estudo, os níveis de ruídos dentro de uma UTIN são mais elevados do que é recomendado pela Academia Americana de Pediatria, que seria de 65dBA, e uma forma de diminuir essa exposição seria a adesão integral por parte dos profissionais aos protocolos, uma manipulação cuidadosa da incubadora, investigação de protocolos de estímulos sonoros adequados ou talvez a implementação de protetores auriculares de silicone para os RN (Rodarte et al, 2019).…”

Change to Hearing Loss–Related Risks and Screening in Preterm Infants

“…A Brazilian study showed that the noise level of the NICU in this study was higher than 45 dBA; more than half of the time, the noise level was higher than the 60 dBA limit allowed by the Brazilian technical standards, and the noise level of all newborns had moments that exceeded the international 65 dBA limit. 27 Reducing the noise level of the NICU can improve the physiological stability of the newborn, thereby promoting growth and reducing adverse neonatal outcomes. The main measures include reducing medical staff activities and handling of the baby, carefully operating the baby incubator, covering the incubator with a blanket, setting quiet and operating times, and using earmuffs or earplugs.…”