Aspectos de comunicação oral em pacientes com doença de Parkinson submetidos à Estimulação Cerebral Profunda

Abstract

RESUMO Introdução A Estimulação Cerebral Profunda tem sido considerada uma intervenção satisfatória para os sintomas motores cardinais da doença de Parkinson, porém ainda há poucas evidências sobre seu impacto na comunicação. Objetivo Esse trabalho teve como objetivo caracterizar os seguintes aspectos da comunicação: cognição, linguagem, fala, voz, e autopercepção de dois pacientes com doença de Parkinson em situação pré e pós a cirurgia de implantação da Estimulação Cerebral Profunda. Método Os pacientes foram avaliados através de: um teste de rastreio cognitivo; uma avaliação breve da linguagem; um protocolo autodeclarado e aspectos da voz e da fala, que foram avaliados por um fonoaudiólogoexpertna área e cegado para o estudo. Resultado Observou-se no momento pré-cirurgia que o Caso I apresentava comprometimento nos aspectos cognitivo, da linguagem e voz, enquanto que o Caso II apresentava alteração apenas na voz. A avaliação pós-cirúrgica dos casos mostrou um padrão oposto de efeito da Estimulação Cerebral Profunda, quando analisados os dados pós-cirúrgicos, referente à comunicação. O Caso I, que era considerado com o maior prejuízo no período anterior à cirurgia, apresentou melhora em alguns aspectos, enquanto o Caso II, que era observado com menos prejuízo comunicativo previamente à cirurgia, apresentou piora em outros aspectos. Conclusão Este estudo demonstrou que a Estimulação Cerebral Profunda pode influenciar diferentes aspectos da comunicação, tanto de modo positivo quanto negativo, e que é necessário investigar fatores associados aos diferentes efeitos causados pela Estimulação Cerebral Profunda sobre a comunicação dos pacientes com doença de Parkinson.

Efeito da técnica de sobrearticulação na voz e na fala em indivíduos com doença de Parkinson após cirurgia de estimulação cerebral profunda

“…In this way, this training can harmonize the speech subsystems and allow better integration of voice and speech functions with facial expressiveness; hence, it is an option for communication limitations post DBS. This technique added to an intensive training may be positive in the expressiveness post DBS, which agrees with the assumption that training one (articulation) of the many (speech and voice, facial movement and gestures) parameters of expressiveness can be effective and efficient to improve the overall expressiveness (17,31) .…”