2012
DOI: 10.1590/2238-38752012v2412
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Reputações À Brasileira: O Caso De Guerreiro Ramos

Abstract: Um estudante de graduação em Ciências Sociais em qualquer universidade brasileira dificilmente deixará seu curso sem ter lido algo de Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. Em geral, estes autores são estudados nas primeiras disciplinas de formação, nas quais se aprende que tal trindade forma os clás-sicos da disciplina. Entretanto, pouquíssimos formandos refletirão, em algum momento, sobre as razões que presidiram a construção de tal cânone. Em boa parte das vezes, a nossa compreensão ordinária da história da… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
0
0
5

Year Published

2013
2013
2021
2021

Publication Types

Select...
7
1

Relationship

1
7

Authors

Journals

citations
Cited by 15 publications
(5 citation statements)
references
References 5 publications
0
0
0
5
Order By: Relevance
“…Para além do domínio de reflexões sem caráter inovador, olhando essas publicações de forma mais detida, percebe-se que 56% do total desses artigos associavam teorias a determinados autores em seus títulos, seus resumos e suas palavras-chave, para situar o debate teórico com o qual estavam dialogando. Entre os autores citados, destacam-se: Niklas Luhmann, com sete citações diretas (Bachur, 2011;Torres Junior, 2014;Gutierrez;Marques, 2011;Melo Júnior, 2013;Klein, 2017;Minhoto;Gonçalves, 2015), seguido de Michel Foucault, com seis citações (Schwengber;Meyer, 2011;Lockmann;Alves, 2017;Veiga-Neto;Rech;Avelino, 2017;, Max Weber, com seis citações e quatro textos (Sell, 2011;Weiss, 2014), Pierre Bourdieu, em cinco casos (Miguel, 2015;Peters, 2012;Moretti-Pire et al, 2016), Alberto Guerreiro Ramos, em quatro (Lynch, 2015;Feres Júnior, 2015;Filgueiras, 2012;Maia, 2012), e Axel Honneth, em três publicações Porto, 2017;Schumacher, 2013;Souza, 2012).…”
Section: Teoria Social E Hagiografiaunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Para além do domínio de reflexões sem caráter inovador, olhando essas publicações de forma mais detida, percebe-se que 56% do total desses artigos associavam teorias a determinados autores em seus títulos, seus resumos e suas palavras-chave, para situar o debate teórico com o qual estavam dialogando. Entre os autores citados, destacam-se: Niklas Luhmann, com sete citações diretas (Bachur, 2011;Torres Junior, 2014;Gutierrez;Marques, 2011;Melo Júnior, 2013;Klein, 2017;Minhoto;Gonçalves, 2015), seguido de Michel Foucault, com seis citações (Schwengber;Meyer, 2011;Lockmann;Alves, 2017;Veiga-Neto;Rech;Avelino, 2017;, Max Weber, com seis citações e quatro textos (Sell, 2011;Weiss, 2014), Pierre Bourdieu, em cinco casos (Miguel, 2015;Peters, 2012;Moretti-Pire et al, 2016), Alberto Guerreiro Ramos, em quatro (Lynch, 2015;Feres Júnior, 2015;Filgueiras, 2012;Maia, 2012), e Axel Honneth, em três publicações Porto, 2017;Schumacher, 2013;Souza, 2012).…”
Section: Teoria Social E Hagiografiaunclassified
“…Considerando-se apenas textos e coletâneas que buscaram realizar diálogos provocadores entre noções desenvolvidas no pensamento social brasileiro e latino-americano, bem como outras consagradas em nossos cursos formativos de teoria, merecem destaque os escritos de Maia (2012) e Botelho (2013). Cabe também menção ao livro de Chaguri e Medeiros (2018) que faz recorte semelhante para pensar as condições e peculiaridades de se fazer teoria ao Sul e conta com a contribuição de diversos autores e autoras aqui citados.…”
Section: Alguns (Poucos) Avançosunclassified
“…Lúcia Lippi Oliveira (1995, p. 9), em seu importante livro sobre o pensamento e a trajetória intelectual de Guerreiro Ramos, diz: "[Guerreiro Ramos] reagiu aos cânones da institucionalização das ciências sociais no Brasil e talvez por isso mesmo tenha sido esquecido, marginalizado, excluído do panteão dos cientistas socais brasileiros". Nessa mesma linha explicativa seguem Bariani (2011) e Maia (2012. Para o primeiro, o fato de Guerreiro Ramos ter sido "uma espécie de consciência incômoda da sociologia brasileira", custou-lhe o prestígio e o reconhecimento intelectual que tanto esperava de seus pares e compatriotas; para o segundo, embora ele tenha vivido um período (metade dos anos 1950 até a metade dos anos 1960) de grande reconhecimento de suas ideias, experienciou o "ostracismo intelectual a partir de 1964", partilhando do descrédito de que foram alvos os principais integrantes do Iseb, a partir de críticas orquestradas por intelectuais ligados à USP.…”
Section: IIunclassified
“…En línea con ese conjunto de trabajos, este artículo se propone reconstruir los diversos posicionamientos que los sociólogos asumieron frente al ensayismo en el período que va desde mediados de los años cincuenta, momento de afirmación de la "sociología científica", hasta mediados de los años setenta cuando la instalación de la represión propiciada por las autoridades políticas se tradujo en la clausura de los principales debates que hasta allí habían agitado el escenario de la sociología local (BLOIS, 2019). En términos internacionales, ese período coincide con el auge de la idea de una "sociología internacional" -basada en el estructuralfuncionalismo norteamericano y las teorías de la modernización -y la posterior emergencia en diferentes regiones de la periferia mundial de un conjunto de críticas al "colonialismo cultural" y al falso universalismo de las teorías del "norte", representados de manera emblemática en el caso de América Latina por la llamada teoría de la dependencia (ALATAS, 2000;BEIGEL, 2006BEIGEL, , 2016MAIA, 2012). Aun cuando se examinen parte de las reacciones de los ensayistas frente a la sociología, el foco del trabajo será colocado en las disputas de los propios sociólogos argentinos en torno al papel que el ensayismo debía jugar en el desarrollo de su disciplina vis a vis la producción intelectual irradiada desde los centros mundiales de la disciplina.…”
Section: Introductionunclassified