<p>As conferências de políticas públicas para as mulheres são importantes
instâncias de participação social, em que atrizes sociais agem e interagem a fim de
influenciar o desenvolvimento de políticas na área. Neste artigo, buscamos compreender os
repertórios e estratégias de ação mobilizados na 5<span style="text-decoration:
underline;"><sup>a</sup></span> Conferência Municipal de Políticas
Públicas para as Mulheres de São Paulo. Com base no estudo de Alvarez e colaboradoras (2003),
identificamos três repertórios predominantes: dupla militância, autonomista e institucional.
Observamos, ainda, a formação de uma coalizão detentora de poder, constituída pelo governo
municipal e pelas organizações próximas a ele, a qual foi desafiada principalmente por
mulheres transexuais e travestis, que buscavam maior representatividade na arena. Concluímos
este estudo problematizando possíveis implicações para a dinâmica participativa das
conferências.</p>