O artigo propõe-se a discutir a performance “Oferecem-se sombras: para uma vida que faça mais sentido” (2013), da coreógrafa portuguesa Vera Mantero e convidados, inserida na programação do Encontro Internacional de Estudos da Performance em Portugal, InDirecções Generativas, organizado pela Associação Baldio, em Montemor-o-Novo, distrito de Évora. A obra acabou resultando em cerca de trinta criações performáticas, em um terreno rural localizado próximo a Montemor-o-Novo, que envolveram diferentes áreas das artes: visuais, plásticas, sensoriais, sonoras, dentre outras sem fácil classificação. Para tanto, o artigo tem como proposta analisar alguns de seus Problemas Coreográficos (Cvejić, 2013, 2015), isto é, conceitos ou pensamentos que a obra em questão parece engendrar, a saber: a performance como processo, a proximidade entre o artistas e o público, o conceito de Assemblage e a ideia de uma Arte Hodológica. O embasamento teórico é constituído a partir dos trabalhos de Bojana Cvejić, Tim Ingold, Gilles A. Tiberghien, dentre outros. O intuito será sempre o de contribuir para abordagens do corpo e do movimento, ajudar nas reconfigurações dos termos Performance e Coreografia, sem perder de vista uma análise do pensamento e dos problemas engendrados na obra de Vera Mantero.