Favelas no Brasil e em São Paulo: avanços nas análises a partir da Leitura Territorial do Censo de 2010*

Pasternak, Suzana; D’Ottaviano, Camila

doi:10.1590/2236-9996.2016-3504

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“…Countering such singular uninterrupted timelines, an ethnographic approach emphasizes the presence of different, even contesting, temporalities. Likewise, while the dominant framework in critical urban studies has a tendency to portray ‘the urban poor’ as a rather homogeneous group (Pasternak, ), this article shows how an ethnographic analysis foregrounds the diversity of city residents and their different strategies of (re‐)appropriating their place in the city and dealing with change. In so doing, as Jonathan Anjaria (: 7) argues, ethnography sets out to capture political economic processes on the one hand and people's personal practices and experiences on the other, illuminating the ‘generative tension’ of the two ‘that is constitutive of urban life’.…”

Section: In Conclusion: Reflections On the Dialogue Between Ethnograpmentioning

confidence: 92%

An Ethnographic Perspective on Urban Planning in Brazil: Temporality, Diversity and Critical Urban Theory

Koster¹

2019

Int J Urban Regional Res

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This article provides an ethnographic perspective on urban planning by presenting the creative practices of marginalized slum residents in Recife, Northeast Brazil, who are affected by planners’ decisions. It argues that such a perspective contributes to current critical urban theory in three ways. First, while many studies of urban planning follow the temporality of the timeframe of a particular project (‘project time’), this analysis emphasizes the timeframe of the lives of the affected residents (‘people's time’). Second, it attends to diversity, taking account of the variety of affected residents and the diverse consequences of urban planning on their lives. Third, it shows how urban interventions — similar to marriage, divorce, the birth of children and the death of loved ones — are high‐impact life events for the urban poor. Finally, the article assesses the engagement between ethnography and critical urban theory and argues in favour of ‘grounding’ the latter better in the analysis of actual practices and experiences.

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Section: In Conclusion: Reflections On the Dialogue Between Ethnograpmentioning

confidence: 92%

An Ethnographic Perspective on Urban Planning in Brazil: Temporality, Diversity and Critical Urban Theory

Koster¹

2019

Int J Urban Regional Res

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“…Like many cities in developing countries, faced with this challenge São Paulo relied on informal housing arrangements to accommodate this inflow. In 1973 1.1% of the municipality's inhabitants lived in substandard housing (Pasternak, : 5); in 1980, this figure reached 5.2%. In the 1980s and 1990s, the Brazilian economy faltered.…”

Section: São Paulo In Contextmentioning

confidence: 99%

“…Poverty rates in the region increased sharply, from 20% in 1990 to 39% in 1999 (UN‐Habitat, : 26). The proportion of people living in substandard housing leapt again, from 8.9% in 1987 to almost 20% in 1993 (Pasternak, : 5). At present, the São Paulo metropolitan region has the largest slum population in the continent (UN‐Habitat, : 74), with almost four million people living in favelas , tenements, illegal allotment schemes or on the streets.…”

Section: São Paulo In Contextmentioning

confidence: 99%

Beyond Bureaucracy: How Prosecutors and Public Defenders Enforce Urban Planning Laws in São Paulo, Brazil

Coslovsky

2015

Int J Urban Regional Res

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Cities need law to thrive, but it is not clear how abstract texts become tangible policy outcomes. Existing research on the role of law in urban affairs conceives law as either an algorithm that shapes urban life or a reflection of political disputes. The former assumes that the meaning of law is obvious; the latter claims it is irrelevant. In contrast to these views, I argue that laws are multipurpose instruments that acquire a specific function when enforced by those government agents who operate at the frontlines of public service. To understand what these agents do and why, I conducted a qualitative study of the Ministério Público and the Defensoria Pública in São Paulo, Brazil. Through this process, I found that these government agencies are not cohesive bureaucracies but heterarchies composed of distinct internal factions with different evaluative principles. Moreover, officials within them are not isolated from other entities in society but tightly entangled with them, and these connections influence what these officials do. Finally, enforcement agents are not always resigned to solving conflicts as they arise. Rather, they strive to find acceptable solutions in the interstices of existing conditions or even change the circumstances that created the conflict in the first place.

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“…Dados do Censo de 2010 mostram que o número de brasileiros vivendo nessas condições, em favelas, passou de 6,5 milhões no ano 2000 para 11,4 milhões em 2010, distribuídos em 6.329 aglomerados subnormais situados em 323 municípios; 88% desses domicílios estão concentrados em 20 grandes cidades. Do total da população brasileira, os dados do Censo de 2010 indicam que aproximadamente 6% da população vive em domicílios localizados em aglomerados subnormais (PASTERNAK;D'OTTAVIANO, 2016).…”

Section: Programa Proposto Pelo Governo De Jucelino Kubtschek Que Prunclassified

“…Segundo Pasternak e D'Ottaviano (2016), a Região Metropolitana de São Paulo apresenta a maior concentração de favelas do Brasil, com 1.703 aglomerados (27% do total de favelas brasileiras), com mais de 2 milhões de pessoas vivendo nestes aglomerados (o que representa 19% da população brasileira que vive em favelas). A proporção de domicílios favelados vem aumentando desde 1991: de 5,71% em 1991, 8,4% em 2000 para 9,79% em 2010 (PASTERNAK;D'OTTAVIANO, 2016). Para o município de São Paulo, particularmente, entre 1991 e 2000, a população que vive em favela cresceu mais do que a população como um todo: 2,5% ao ano, enquanto a municipal aumentou a uma taxa de 0,92% anuais.…”

Section: Programa Proposto Pelo Governo De Jucelino Kubtschek Que Prunclassified

Reurbanização da favela do Real Parque em São Paulo: um olhar sobre impactos e possibilidades do processo de reestruturação urbana

Prado¹

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No Brasil a expansão urbana, como um componente fundamental das mudanças estruturais na sociedade brasileira, ocorreu de forma mais intensa na segunda metade do século XX, entre os anos de 1950 e 1970. O processo de urbanização, baseado na terra como mercadoria e acompanhado por uma ocupação desordenada, trouxe diversos problemas para boa parte das cidades brasileiras, com ocupações em áreas de rios e encostas, lançamentos de resíduos em cursos d'água e terrenos vazios, saneamento básico insuficiente, habitações insalubres, trânsito, ruído e poluição. São Paulo, a cidade mais populosa do país e o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul, é representativa desse processo. Estudos focados na urbanização da cidade revelam que a dinâmica de expansão da metrópole tem provocado um processo de concentração de população de baixa renda em áreas periféricas, mas também em localidades que concentram bolsões de pobreza e abrigam populações de baixa renda, com processos de ocupação por atividades irregulares, como invasões, favelas e loteamentos clandestinos. Exemplo de uma dessas áreas é a antiga favela do Real Parque, situada no bairro do Real Parque, um dos cinco bairros que compõem o distrito do Morumbi, na subprefeitura do Butantã, e considerada uma área de risco e que passou recentemente por um processo de reurbanização. Pelas suas especificidades, esse território é um estudo de caso ilustrativo para pensar os contrastes da megacidade, os impactos da urbanidade (ou da sua falta), a conformação de áreas de ocupação irregular e as relações estabelecidas pelos seus moradores e os possíveis delineamentos de processos de reurbanização. Neste sentido, a presente dissertação apresenta e discute resultados de uma pesquisa que teve como objetivo geral compreender, na perspectiva dos moradores, as potencialidades e limitações do processo de reurbanização nesta localidade, que teve início em 2008 e seguiu até 2016, com a entrega dos últimos condomínios. Como objetivos específicos, buscou-se investigar as características dessa localidade, particularmente antes do início da reurbanização; identificar percepções dos moradores sobre o local onde vivem e condições de vulnerabilidades; e compreender, a partir das suas narrativas, como as mudanças relacionadas ao novo empreendimento têm impactado o cotidiano da comunidade. Por meio de pesquisa documental e pesquisa de campo, o estudo partiu da hipótese de que enquanto os riscos geológicos foram minimizados e/ou se tornaram inexistentes, outros problemas e condições de vulnerabilidade passaram a ganhar maior visibilidade e projeção para os moradores.

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Favelas no Brasil e em São Paulo: avanços nas análises a partir da Leitura Territorial do Censo de 2010*

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An Ethnographic Perspective on Urban Planning in Brazil: Temporality, Diversity and Critical Urban Theory

An Ethnographic Perspective on Urban Planning in Brazil: Temporality, Diversity and Critical Urban Theory

Beyond Bureaucracy: How Prosecutors and Public Defenders Enforce Urban Planning Laws in São Paulo, Brazil

Reurbanização da favela do Real Parque em São Paulo: um olhar sobre impactos e possibilidades do processo de reestruturação urbana

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