Tratamentos osmóticos e térmicos para controle de fungos em sementes de grumixameira (Eugenia brasiliensis Lam.) e pitangueira (Eugenia uniflora L.)

Abstract

-(Osmotic and heat treatments to control fungi associated with seeds of Brazilian cherry (Eugenia brasiliensis Lam.) and Surinam cherry (Eugenia uniflora L.)). Seeds of Brazilian cherry (Eugenia brasiliensis Lam.) and Surinam cherry (Eugenia uniflora L.) are intolerant to desiccation and their high water content allows the proliferation of fungi, accelerating their deterioration. Due to the lack of fungicides registered for such species further studies on alternative methods should be carried out. The present work was aimed at analyzing the effects of heat and osmotic treatments on the mycota and seed viability of Brazilian cherry and Surinam cherry. We analyzed the effect of heat treatment (55 and 60 °C for 30, 120, or 150 minutes) and osmotic treatment (polyethylene glycol solutions at -3.4 and -4.0 MPa), each tested individually or in combination and also with or without reapplication throughout seed storage. Our results showed that heat treatment was more efficient than osmotic treatment for most fungi, except for Fusarium sp. The combination of both treatments produced favorable results and their reapplication may enhance the control of seed-borne fungi during storage. Keywords: alternative control, conservation, seed pathology RESUMO -(Tratamentos osmóticos e térmicos para controle de fungos em sementes de grumixameira (Eugenia brasiliensis Lam.) e pitangueira (Eugenia uniflora L.)). As sementes de grumixama (Eugenia brasiliensis Lam.) e pitanga (Eugenia uniflora L.) são intolerantes à dessecação e seu elevado teor de água favorece a proliferação de fungos que podem acelerar sua deterioração. A falta de fungicidas registrados para tais espécies requer estudos sobre métodos alternativos. O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito de tratamentos térmicos e osmóticos na incidência de fungos e na viabilidade de sementes de grumixama e pitanga. Foram analisados os efeitos de tratamentos térmicos (55 e 60 °C por 30, 120 ou 150 minutos) e osmóticos (soluções de polietileno glicol a -3,4 e -4,0 MPa) isolados ou associados e, ainda, com ou sem reaplicação durante o armazenamento das sementes. Verificou-se que o tratamento térmico foi mais eficiente que o osmótico na redução da maioria dos fungos encontrados, exceto Fusarium sp. A associação dos dois tipos de tratamento produz resultados favoráveis e a reaplicação dos mesmos pode ampliar o controle dos fungos ao longo do armazenamento. Palavras-chave: conservação, controle alternativo, patologia de sementes

Tolerância à dessecação e armazenamento de sementes de Myrcianthes pungens (O. Berg) D. Legrand (Myrtaceae)

“…Tal fato corrobora Wielewicki et al (2006), que propuseram o padrão mínimo de 34,8% de água para sementes de M. pungens. A intolerância à dessecação até 30% situaria essas sementes entre as mais sensíveis à dessecação (mais recalcitrantes), tal como as de Inga vera (Andréo et al 2006, Bonjovani & Barbedo 2014) e várias espécies de Eugenia (Delgado & Barbedo 2007, Françoso & Barbedo 2014, estas últimas pertencentes a Myrtaceae, mesma família da espécie deste trabalho. Contudo, diferentemente das sementes de muitas espécies que são altamente sensíveis à dessecação, as de M. pungens surpreendentemente conservaram-se bem em temperatura ambiente (25 °C) pelos primeiros 30 dias (tabela 1).…”

Análise comparativa das taxas de deterioração de sementes ortodoxas de Erythrina speciosa e recalcitrantes de Eugenia spp.

“…Avaliação das taxas de deterioração de sementes sensíveis à dessecação -Com base em resultados anteriores de tolerância à dessecação e a elevadas temperaturas (Delgado & Barbedo 2007;Oliveira et al 2011;Françoso & Barbedo 2014, sementes de E. brasiliensis, E. involucrata e E. uniflora foram submetidas a sucessivas secagens em estufa, com ventilação de ar forçada, a 40 °C, a fim de obter três graus de hidratação para cada espécie. Para as sementes de E. involucrata, os teores de água foram 60% (inicial), 50% e 38%; as de E. uniflora, 55% (inicial), 48% e 42%; as de E. brasiliensis, 50% (inicial), 45% e 41%.…”

Seed pathology of non-domesticated species of tropical ecosystems

“…The results of forest seed health obtained in research developed with seed treatment, involving physical methods (Oliveira et al, 2011;Lazarotto et al, 2013;Françoso and Barbedo, 2014;Hennipman et al, 2017), biological methods (Fantinel et al, 2015;Martín-García et al, 2017;Silva et al, 2018) and more recently the use of plant extracts (Choudhury et al, 2018;Dourado et al, 2020;Lima et al, 2020;Almeida et al, 2021;Andrade et al, 2021), have shown some advances in pathogen control. However, studies that seek to increase the storage period, especially of species intolerant to desiccation, despite important advances, have not yet achieved substantial gains, obtaining an extension for a few months or, exceptionally, years (Barbedo, 2018).…”