2019
DOI: 10.1590/2236-3459/83528
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Pedagogia Do Oprimido Como Referência: 50 Anos De Dados Geohistóricos (1968-2017) E O Perfil De Seu Leitor

Abstract: RESUMO Após cinquenta anos da publicação do livro Pedagogia do Oprimido, surge a demanda em refazer os caminhos da sua apropriação como referência (citação e leitura), para se analisar até que ponto a tentativa de banir o livro Pedagogia do Oprimido, e por consequência, seu autor, deu certo (Hipótese 1). Outro tópico que foi verificado foi se os pesquisadores que mais referenciaram o livro, são daqueles países ditos colonizados-dependentes (Hipótese 2) e se o perfil dos leitores do livro foram os que teoricame… Show more

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“…Ela foi concluída durante seu exílio, no Chile, em 1968 (ano do seu manuscrito em língua portuguesa), sendo que sua primeira publicação foi em língua inglesa em 1970; até 1974, havia sido traduzida para o espanhol, italiano, alemão, holandês e sueco. Santana & Souza (2019), em uma análise bibliométrica entre os anos 1968-2017 (50 anos da sua primeira versão), identificaram que esse livro é encontrado em 57 idiomas, em 200 edições e com mais de mil citações por ano em publicações acadêmicas, demonstrando sua difusão e apropriação mundial. Ademais, o movimento de internacionalização dessa obra, que inclusive foi identificado aqui, é explicado por sua primeira publicação em inglês e por toda a trajetória que o autor construiu na condição de intelectual e exilado político em diversos países.…”
Section: Discussionunclassified
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“…Ela foi concluída durante seu exílio, no Chile, em 1968 (ano do seu manuscrito em língua portuguesa), sendo que sua primeira publicação foi em língua inglesa em 1970; até 1974, havia sido traduzida para o espanhol, italiano, alemão, holandês e sueco. Santana & Souza (2019), em uma análise bibliométrica entre os anos 1968-2017 (50 anos da sua primeira versão), identificaram que esse livro é encontrado em 57 idiomas, em 200 edições e com mais de mil citações por ano em publicações acadêmicas, demonstrando sua difusão e apropriação mundial. Ademais, o movimento de internacionalização dessa obra, que inclusive foi identificado aqui, é explicado por sua primeira publicação em inglês e por toda a trajetória que o autor construiu na condição de intelectual e exilado político em diversos países.…”
Section: Discussionunclassified
“…Entende-se que essas formulações são centrais no livro mais utilizado, Pedagogia do Oprimido, conforme Santana & Souza (2019), que pontuam que autores que referenciaram trechos dessa obra como elemento de discussão citam com mais frequência as palavras diálogo e conscientização, como igualmente observado nesta revisão.…”
Section: Discussionunclassified
“…Nascido em Recife no ano de 1921, Paulo Reglus Neves Freire foi um dos educadores brasileiros mais conhecidos e mais respeitados em todo o mundo, vindo a ser reconhecido, posteriormente, como patrono da educação brasileira (Scorsolini-Comin, 2014). Reconhecido internacionalmente como um dos maiores educadores do século XX (Heidemann et al 2017), seus principais livros foram editados para os idiomas inglês, espanhol, italiano e alemão e seu livro intitulado A Pedagogia do Oprimido recebeu traduções para mais de vinte idiomas (Miranda & Barroso, 2004), sendo citado 82.978 vezes em jornais, sites, blogs e publicações acadêmicas (Santana & Souza, 2019). A obra de Paulo Freire é nacional e internacionalmente utilizada como inspiração nas pesquisas de diversos autores: Alschuler (1986), Miranda e Barroso (2004), Gadotti (2006), Maciel (2011), Streck (2011), Tygel e Kirsch (2016), Darder (2020), entre outros.…”
Section: Referencial Teóricounclassified
“…A importância de Pedagogia do Oprimido é pela sua expressão pedagógica em um projeto humanizador (educação e mudança), pela conscientização do explorado frente ao sistema (pedagogia de resistência), pela reivindicação de direitos e redução das desigualdades por parte dos excluídos (oprimidos desvelando o mundo da opressão), pela negação da hospedagem do opressor em si, pela superação da contradição e dependência do opressor-oprimido (libertação), por uma educação problematizadora e não reprodutora (educação bancária), pela dialogicidade e busca da síntese, e, pelo estímulo a criação, a construção, a autenticidade, a serem autores históricos (pedagogia dos homens pela práxis em um processo de constante luta pela libertação individual e coletiva). (Santana;Souza, 2019, p. 5) O diálogo em Freire pode ser entendido como o momento no qual as pessoas se oportunizam conhecer, agir, refletir, transformar e ser transformado, tomando como ponto de partida suas realidades. O diálogo faz parte da própria natureza histórica dos seres humanos.…”
Section: Por Uma Educação Libertadoraunclassified