Representações Dos Movimentos Estudantis Brasileiros Na Imprensa Diária Durante O Ano De 1968. De Calabouço À Missa Do Sétimo Dia

Abstract

Resumo O fenómeno global dos movimentos estudantis desenvolvidos durante o longo ano de 1968 assumiu contornos particulares no Brasil. Entre outros, este setor da comunidade universitária, em crescente processo de politização desde princípios da década, especialmente a partir da ditadura militar (1964), revelou-se um grupo social, cultural e político na vanguarda da resistência à mesma, capaz de amplas motivações e de incidir na política geral do país. Neste artigo aprofundam-se os imaginários sociais e as comunidades imaginadas construídos pela imprensa diária brasileira em torno das mobilizações estudantis desenvolvidas durante o primeiro trimestre de 1968, centrando a atenção nos sucessos de Calabouço, a sua onda expansiva e a Missa do Sétimo Dia. O objetivo é analisar os discursos construídos à volta destes eventos na esfera pública, as motivações e as reivindicações dos estudantes, os espaços, tempos e as intensidades das suas ações, assim como as correntes de opinião pública geradas pelas linhas editoriais da imprensa.

El ’68 más allá de las Primaveras Boreales: Representaciones en la esfera pública de los estudiantes universitarios brasileiros en acción

“…Durante ese periodo, motivadas fundamentalmente por la muerte del estudiante, se registraron intensas movilizaciones estudiantiles en Rio y en las principales ciudades con sede universitaria y un notable incremento de la violencia ejercida por la PM para reprimirlas, hasta el límite de ser denunciada por muchos otros actores sociales, entre los que destacaron la Iglesia católica y la propia prensa. Tales acontecimientos, a pesar de todo, sirvieron para que los diarios sostuvieran y difundieran la "teoría de la infiltración" desarrollada por el gobierno: los estudiantes no operaban de forma autónoma y legítima, sino manejados por elementos ajenos a la causa estudiantil, por el comunismo internacional, considerado el principal enemigo exterior e interior; entonces, al dejar de tratarse de una cuestión exclusivamente estudiantil y convertirse en un asunto de competencia de seguridad nacional, cualquier medio, incluida la violencia, hasta cierto punto era razonable e, incluso, necesaria (Hernández Huerta, 2018b).…”

Formação política na graduação em enfermagem: o movimento estudantil em defesa do SUS

“…Durante o período ditatorial, o movimento estudantil ocupou um considerável espaço no âmbito da esfera pública brasileira, sendo notícia nos meios de comunicação quase diariamente. A diversidade geopolítica das mobilizações estudantis, formas revolucionárias e lugares do seu acontecimento, bem como a vontade coletiva por mudanças daquela realidade, contribuíram para eclodir uma comunidade singular pensada em amplas dimensões, a dos jovens universitários em ação, que ultrapassou os limites da universidade e ganhou espaços em todo o território brasileiro 2 .…”

Portas Abertas, Pauta Pronta

“…Nesses anos, iniciou-se um processo gradual de acesso das mulheres ao mercado de trabalho e aos processos educacionais, incluindo o acesso a diplomas universitários. Este processo de abertura e emancipação laboral e educacional das mulheres mexicanas aumentou gradativamente a preocupação da família, especialmente das mães, com a educação que seus filhos e filhas recebiam.Outro aspecto importante que influenciou a participação familiar na educação escolar foi o conhecido movimento estudantil de 1968, que possui uma faceta simbólica, pois entre muitas leituras, tem sido apontado como expressão de um momento histórico em que também questionava o autoritarismo nas relações familiares no que diz respeito à educação de suas filhas, pois enfatizavam as proibições das famílias e o regime familiar que existia na época(HUERTA, 2018).A partir das décadas de 70, 80 e 90 do século XX, assistiu-se a outra mudança na dinâmica familiar, pois os filhos ficaram com os avós, motivados pela necessidade de os pais terem de trabalhar em mais do que um emprego para fazer face às necessidades económicas. da família.…”