“…Por conhecer essas possibilidades, e entendendo que a salvaguarda da memória de muitas famílias e das relações culturais e sociais que vivenciaram fica/ficou circunscrita a caixotes e baús antigos, a velhas malas e a espaços de pouca visibilidade, este trabalho adentrou o campo dos guardados familiares. Esses guardados podem ser analisados pela perspectiva dos arquivos pessoais; além disso, eles permitem uma série de desdobramentos, em razão da diversidade que, geralmente, os materiais oferecem, pelo desejo das pessoas de guardar objetos e guardá-los em papel (Cunha, 2019), por exemplo, as cartas, as agendas, os diários, os cartões, os bilhetes, etc. Nesse sentido, destaca-se que a simples durabilidade do artefato "[...] já o torna apto a expressar o passado" (Menezes, 1998, p. 90).…”