“…Além disso, o resultado vai de encontro à primeira hipótese da presente pesquisa, que previa uma relação negativa entre os Royalties CFEM e o desenvolvimento socioeconômico de municípios afetados por atividade de mineração, estando essa hipótese diretamente relacionada com a teoria ou hipótese da Maldição dos Recursos Naturais.O resultado obtido nesse estudo rejeita a primeira hipótese (H1) para os municípios paraenses, pois os dados denotam uma relação positiva entre os indicadores econômicos selecionados (IFDM Consolidado, IF-Emprego, Saúde e Educação). Ou seja, os municípios que recebem um maior montante de royalties tendem a apresentar melhores condições econômicas, contrariando os estudos de Guimarães e Cunha (2018),Leite et al, (2018),Rodrigues et al (2016) eSilva et al (2017), porém corroborando com as pesquisas deEnríquez (2007) e asde Castro et al (2016), que evidenciaram que municípios que possuem royalties CFEM, apresentam maiores scores econômicos.A segunda hipótese (H2 -A) de pesquisa está relacionada ao repasse da CFEM e investimentos em sustentabilidade local, e visa verificar se municípios que recebem maior repasse da CFEM apresentam menos gastos com gestão ambiental e ações sustentáveis, priorizando interesses privados. Através do ISGA (índice de saneamento e gestão ambiental), a hipótese foi testada e obteve-se uma relação positiva entre as variáveis, e observou-se uma relação contrária aos achados de Lopes (2013) e Euclydes (2013), contudo, corroboram com a hipótesede Enríquez (2007).…”