Objetivo: Este artigo tem como objetivo identificar fatores que contribuem para a fixação de profissionais contábeis nas diferentes regiões brasileiras. Metodologia: Foram selecionadas informações referentes ao quantitativo de profissionais no mercado de trabalho formal constantes na Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram coletados dados referentes a 452.682 trabalhadores registrados no setor contábil no ano de 2016. Os resultados foram obtidos mediante análise de regressão linear múltipla por mínimos quadrados ordinários (MQO) com e sem o método stepwise. Os modelos de regressão também foram testados com ou sem a constante do modelo, o que gerou um total de oito modelos de regressões distintos. As variáveis consideradas como fatores determinantes da fixação de profissionais por região foram: PIB per capita (PPC), Densidade Populacional (DP), Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Número de Estabelecimentos (EST) e o Número de Organizações Contábeis (OC). Resultados: Os resultados obtidos apontam para relação positiva e significativa entre o IDH e a quantidade de profissionais contábeis por unidade da federação em quase todos os modelos. As demais variáveis não apresentaram a mesma persistência. Os testes adicionais apontam o mesmo resultado para os municípios. O resultado alcançado denota que o índice de desenvolvimento humano é considerado como a principal variável explicativa do número de profissionais contábeis por região, afirmando-se a existência de relação entre o desenvolvimento de uma região e a respectiva presença do profissional contábil. Contribuições do Estudo: Encontrar os motivos com que fazem que o profissional contábil se movimente no território nacional e/ou internacional é um importante dado para a profissão contábil brasileira.
RESUMOOs incentivos financeiros são mecanismos utilizados para alinhar os objetivos do agente aos do principal. Este estudo objetiva verificar a relação dos determinantes da remuneração dos executivos, com o desempenho financeiro e de mercado das companhias brasileiras de capital aberto, listadas na BM&FBovespa. Os dados foram obtidos através de análise dos formulários de referência, disponibilizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O presente estudo classifica-se como exploratório com abordagem quantitativa. Foram encontradas 228 empresas após levantamento das companhias que disponibilizavam essas informações, sendo essa, a amostra que compõe a pesquisa. Foi utilizado o teste de regressão linear múltipla, com dados em painel, para testar a relação entre remuneração e desempenho das companhias entre os anos de 2011 a 2013. Foram encontrados fatores financeiros e fatores não financeiros como determinantes da remuneração nas companhias brasileiras de capital aberto. O teste de regressão identificou que há relação positiva e significativa do desempenho financeiro, com as remunerações baseadas em indicadores financeiros e não financeiros, em conjunto, e remunerações baseadas apenas em indicadores não financeiros. O desempenho de mercado não obteve significância estatística com a remuneração dos executivos. Estes resultados evidenciam que planos de incentivos que se baseiam em indicadores financeiros, não alinham os interesses dos agentes aos dos principais. A ausência de resultado entre desempenho de mercado com os sistemas de remuneração, afirma que os planos de remuneração não alinham os interesses do principal e agente.
Este artigo teve como objetivo verificar quais fatores determinam a perda do prazo de divulgação dos relatórios financeiros de companhias abertas no Brasil. Foram utilizadas 152 empresas no estudo, sendo 76 que perderam o prazo de divulgação dos seus relatórios financeiros em pelo menos um exercício no período de 2010 a 2016 e outras 76 que não perderam o prazo nesse mesmo período. Foram testados tamanho, tipo de auditor, endividamento e prejuízo no exercício como fatores determinantes da perda do prazo, por meio da aplicação de regressão logística, atribuindo-se 1 às empresas que perderam o prazo e 0 caso contrário, em cada ano. Os resultados apontam, em relação a probabilidade de perder o prazo de divulgação dos relatórios financeiros, que empresas auditadas por Big Four têm menor probabilidade; empresas endividadas têm maior probabilidade; e empresas com prejuízo no exercício têm maior probabilidade. A variável tamanho não teve resultado estatístico significativo.
In this paper, we analyzed the effects of the crisis generated by the COVID-19 pandemic on international capital markets. We used the most representative indexes belonging to the stock markets of 44 world economies in daily time series with data from 01/02/2019 to 05/15/2020. Correlation analysis and average price tests, graphical analysis of returns, and multiple linear regression analysis of index efficiency were made, together with the cultural dimensions and macroeconomic aspects of the markets. The findings provide evidence that in the periods after the pandemic, the markets became more correlated by increasing the correlation levels of their indexes. We found a significant difference in the correlation coefficients of the periods before and after the pandemic, indicating a change in behavior of the correlation indexes. Markets presented a reduction in their returns and an increase in their volatility after the pandemic. The pandemic affected the efficiency behavior of the market indexes. In the pre-pandemic period reduced the market's efficiency by individualism and aversion to uncertainty and increased inflation. In the post-pandemic period, efficiency was increased by individualism and reduced by indulgence. These results provide evidence that the behavior of efficiency changed, indicating an adaptive behavior of international capital markets.
O estudo objetivou analisar se há associação do índice de aprovação no exame de suficiência contábil com o desempenho discente e a qualidade dos cursos superiores no Brasil. Para isso, utilizaram-se os dados disponibilizados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no que tange ao número de aprovados no exame de suficiência por estado da federação, as notas do Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (ENADE) e as notas médias por estado do Conceito Preliminar de Curso (CPC). Para avaliar os dados foram utilizadas análises descritivas por estado, de todas as variáveis, diagrama de dispersão e matriz de correlação de Pearson, para verificar o grau de associação das variáveis. A análise descritiva evidencia que o estado com maior índice de aprovados no exame de suficiência foi Santa Catarina e o estado com menor aprovação foi o Acre. Sobre o ENADE, foi avaliado o desempenho nos anos de 2009, antes do exame de suficiência, e 2012, após a obrigatoriedade do exame. Os dados apontam para um aumento de 15,12% no desempenho dos estudantes após a obrigatoriedade do exame. As análises de dispersão apontaram uma tendência moderada entre as variáveis, e a matriz de correlação denota que o grau de aprovação no exame de suficiência do CFC está positivamente associado ao ENADE e CPC ao nível de 69,28% e 50,57%, respectivamente. Através dos resultados obtidos mediante análise estatística, torna-se evidente que há uma associação entre o exame de suficiência contábil com o desempenho dos discentes e a qualidade dos cursos superiores em Ciências Contábeis no Brasil.
Para o desenvolvimento da teoria contábil, é importante identificar e discutir aspectos comportamentais que podem influenciar o processo de julgamento e de tomada de decisão dos preparadores das demonstrações contábeis. O estudo caracteriza-se como ensaio teórico, pois aborda os efeitos cognitivos que podem afetar esse processo. A principal contribuição deste método consiste em considerar de forma conjunta peças teóricas separadas e contemplar uma perspectiva integrativa. Diversas práticas contábeis podem gerar vieses cognitivos, porém nesse ensaio serão tratados somente vieses advindos de práticas que permitem julgamentos, desconsiderando aquelas não provenientes do comportamento desses profissionais. São efeitos cognitivos que podem afetar o comportamento dos preparadores: impulsividade, ausência de ceticismo, otimismo natural e pessimismo, familiaridade, ajuste heurístico, excesso de confiança, aversão à perda, aversão à mudança e complexidade da tarefa. Estes aspectos podem ocasionar a falta de comparabilidade nos julgamentos realizados pelos indivíduos, mediante julgamentos que diferem de acordo com traços de personalidade dos decisores. A reflexão acerca da discussão desses aspectos comportamentais aplicados à contabilidade contribui para o desenvolvimento da contabilidade como ciência, por meio da integração da psicologia à ciência contábil. Para esses aspectos, elaboram-se questões que podem ser adotadas em estudos futuros, por meio da realização de semiexperimentos com profissionais contábeis.
Este artigo objetiva verificar se companhias abertas brasileiras manipulam informações qualitativas mediante gerenciamento de tons. Foram selecionadas 43 empresas pertencentes ao Ibovespa da Brasil, Bolsa e Balcão (B3), com dados trimestrais entre 2017 e 2018. Os dados referentes à tonalidade positiva foram formatados mediante classificação de palavras de Loughran e McDonald (2011), retiradas dos press releases divulgados voluntariamente pelas companhias e analisados pelo software Atlas.ti8. O índice foi regredido contra os accruals discricionários obtidos em dois modelos de gerenciamento de resultados. Os resultados apontam para relação negativa e significativa entre o gerenciamento contábil e a tonalidade positiva dos relatórios, ou seja, companhias com maior tom positivo gerenciam menos resultados. Estes achados apresentam informações relevantes por evidenciar a qualidade dos textos contidos nos relatórios das companhias.
Objetivo: A tempestividade contábil consiste na disponibilidade da informação para os usuários atempo de poder influenciá-los em suas decisões. O objetivo deste artigo consiste em verificar o efeitoda tempestividade dos relatórios financeiros no gerenciamento de resultados de empresas brasileirasde capital aberto listadas na B3, utilizando três proxies para tempestividade: defasagem na publicação,perda do prazo da divulgação e a republicação.Método: A amostra é constituída por 172 empresas, no período compreendido entre 2010 e 2018. Avariável dependente representa o gerenciamento de resultados e foi mensurada pelo modelo de JonesModificado por Dechow, Sloan e Sweeney (1995). A variável independente representa a tempestividadee variáveis de controle foram incluídas, sendo elas: tamanho da empresa, empresas auditadas porBig Four, endividamento, governança corporativa, fluxo de caixa operacional e prejuízo do período.Utilizou-se regressões com dados em painel.Resultados: Os resultados fornecidos pelos seis modelos apontam que a tempestividade possui relaçãopositiva e significativa com o gerenciamento de resultados, isto é, as empresas que demoram e, atémesmo, que perdem o prazo de publicação de seus relatórios financeiros sinalizam maior gerenciamentode resultados. Os achados também denotam que empresas que republicam, de maneira espontâneaou obrigatória, tendem a um maior gerenciamento de resultados.Contribuições: Uma das principais contribuições da pesquisa consiste em evidenciar que atempestividade dos relatórios financeiros pode sinalizar práticas oportunistas da gestão por meiodo uso de gerenciamento de resultados, interferindo assim, no processo de tomada de decisões dosusuários da informação contábil.
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