A rugosidade é um parâmetro importante na avaliação da qualidade da superfície da madeira pois afeta o desempenho de adesivos e revestimentos e, consequentemente, a qualidade do produto final. A rugosidade depende das operações de usinagem, da estrutura anatômica da madeira e da combinação entre ambas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito das condições de preparo da superfície (aplainamento e lixamento) e da estrutura anatômica na rugosidade superficial de oito espécies de madeiras amazônicas. As madeiras estudadas foram: abiurana (Pouteria guianensis), garapeira (Apuleia molaris), jequitibá (Cariniana sp.), cedro (Cedrela odorata), angelim (Parkia pendula), angelim pedra (Hymenolobium excelsum), cerejeira (Amburana acreana) e cumaru (Dipteryx odorata). As madeiras foram classificadas de acordo com a textura (fina, média e grossa) e a densidade aparente determinada segundo a ASTM D 2395-93. Análises anatômicas foram realizadas pela aquisição de imagens digitais e os vasos mensurados pelo software Image-Pro ® Plus. A rugosidade superficial foi determinada pelo rugosímetro de agulha modelo TR 200 segundo a norma NBR ISO 4287:2002 em que foram obtidos os parâmetros de amplitude (R a , R z , R t , R p e R v). A textura da madeira afetou significativamente a rugosidade superficial, principalmente na superfície lixada. O lixamento diminuiu a rugosidade superficial das madeiras para todos os parâmetros, exceto para o parâmetro R v das madeiras de angelim pedra e cumaru.