Avaliação da Dispersão de Sementes de Pinus taeda L. pela Análise dos Anéis de Crescimento de Árvores de Regeneração Natural

Abstract

RESUMO As árvores de Pinus taeda – introduzidas no Brasil em 1880 e em ensaios experimentais em 1936 – têm sido relacionadas na literatura especializada ao processo de invasão biológica de algumas áreas de campos gerais e de altitude dos estados do Paraná e Santa Catarina, de cerrado no estado de São Paulo, de restinga no estado de Santa Catarina e de pampas no estado do Rio Grande do Sul. Os anéis de crescimento anuais formados no lenho das árvores de Pinus taeda constituem importante ferramenta na avaliação do processo de invasão biológica. Com esse objetivo, no presente trabalho avaliou-se a dispersão espacial-temporal de sementes analisando-se os anéis de crescimento do lenho de árvores de Pinus taeda de plantações e de regeneração natural na região de Faxinal do Céu, estado do Paraná. Os resultados possibilitaram determinar a idade e a taxa de crescimento do tronco das árvores de Pinus taeda de plantações, a data da germinação, a área de dispersão das sementes e a taxa de crescimento das árvores de regeneração natural. Os resultados permitem, da mesma forma, discutir o processo de invasão de árvores de Pinus taeda pela dispersão das sementes em áreas limítrofes às plantações florestais.

Invasive alien species in protected areas: the dynamics of Pinus taeda at Rio Canoas State Park – Brazil

“…These EPI and EIV areas deserve attention as they are located closer to the park's border, which means that they are more susceptible to invasion from boundary zone D r a f t plantations, as consequence of the anemochoric dispersion of seeds. The average dispersion distance of Pinus seeds is between 50 and 300 meters (Nathan et al 2002;Williams et al 2006;Tomazello et al 2017), but it can reach as far away as 5 km, depending on the direction and speed of the wind (thermal uplift), topography, and vegetation successional stage (Zanchetta and Pinheiro 2007).…”

Seleção de procedências e progênies de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze para produção de madeira e pinhão

“…superiores aos obtidos no presente estudo foram observados por Kageyama e Jacob (1980) para DAP (1,7-1,9 cm) aos 3,5 anos e por Sebbenn, Freitas e Freitas (2004) para ALT (1,99 m) aos 6 anos, ambos para testes de A. angustifolia. Valores superiores foram obtidos para o incremento médio anual em espécies exóticas, principalmente as dos gêneros Pinus e Eucalyptus, em idades precoces (MACHADO et al, 2010;ROSADO et al, 2012;TOMAZELLO FILHO et al, 2017). Comparando o IMA da A. angustifolia com outras espécies florestais nativas, o crescimento foi superior a Balfourodendron riedelianum (pau marfim) para DAP (SEBBENN et al, 2007), Cariniana legalis (jequitibá-rosa) para ALT e DAP (SEBBENN et al, 2009) e Myracrodruon urundeuva (aroeira) para DAP (PUPIN et al, 2017).…”

Dispersão de sementes, regeneração e rebrota de Pinus taeda no Planalto Norte do Estado de Santa Catarina, Brasil

“…Por outro lado, as espécies de Pinus, são tidas como exóticas invasoras, entendendo-se com isso que apresentam potencial para alterar sistemas naturais. A produção de grandes quantidades de sementes pequenas e aladas, que são dispersas pelo vento a longas distâncias, e a maior longevidade das mesmas as incluem como de alto risco de invasão biológica (Richardson, 2006;Simberloff, 2009, Lockwood et al, 2009Simberloff et al, 2010;Zenni & Ziller, 2011;Zenni & Simberloff, 2013;Instituto Hórus, 2016;Tomazello Filho et al, 2017).…”