Práticas de enfermeiros de um hospital universitário na continuidade do cuidado para a atenção primária

Abstract

Resumo Objetivo compreender as práticas dos enfermeiros de um hospital universitário na continuidade do cuidado para a atenção primária. Método estudo exploratório, descritivo e qualitativo, realizado entre agosto e novembro de 2019, em hospital universitário no Sul do Brasil, com 21 enfermeiros e a diretora de Enfermagem, aplicando-se, respectivamente, um instrumento on-line na plataforma Survey Monkey e uma entrevista semiestruturada. Os dados coletados foram submetidos à Análise de Conteúdo segundo Minayo. Resultados emergiram três categorias: práticas dos enfermeiros; fortalezas e fragilidades e competências para a continuidade do cuidado. Na admissão e alta, os enfermeiros realizam entrevista e exame físico do paciente. Os pontos positivos foram a comunicação e o conhecimento do contexto familiar da equipe multiprofissional hospitalar e os negativos, a falta de sistema informatizado, a integração dos profissionais do hospital com a atenção primária, o enfermeiro gestor de altas e o protocolo de contrarreferência. A continuidade do cuidado requer, dos enfermeiros, experiência profissional, conhecimento sobre a rede de atenção, habilidades de comunicação, liderança e tomada de decisão. Conclusão e implicações para a prática os enfermeiros compreendem a importância da continuidade do cuidado, entretanto, algumas fragilidades encontradas na instituição dificultam a realização dessas práticas.

Proposta de transição e continuidade de cuidados da Unidade de Terapia Intensiva para a enfermaria

“…No entanto, nesse processo de envio e recebimento de pacientes, as transições exigem dos profissionais uniformidade e coordenação dos cuidados, preparação do local e qualidade das informações, e as descontinuidades e as novas hospitalizações são uma realidade. Pacientes de alta da UTI para a enfermaria podem passar por algumas dificuldades, como falta ou insuficiência de orientações dos profissionais de saúde, comunicação deficiente entre unidades, causando insegurança a si e a seus familiares e, principalmente, o temor de retroceder nas condições de saúde, retornando para os a unidade de cuidados intensivos (Oliveira et al, 2021;Petry & Diniz, 2020).…”