O estudo teve como objetivo elucidar o cuidado materno de crianças nascidas pré-termo e/ou de baixo peso em domicílio ao longo da pandemia do coronavírus. Trata-se de um estudo qualitativo, apoiado no Interacionismo Simbólico, desenvolvido em uma maternidade filantrópica de um município do interior de São Paulo. A coleta de dados ocorreu de março à setembro de 2021. Foram entrevistadas dez mulheres, mães de crianças prematuras e/ou de baixo peso. A Análise Temática direcionou a apreciação dos dados. Dentre os achados, estiveram presentes reflexões e comportamentos, na centralidade do cuidado, com intuito de proteger a criança da contaminação pelo SARS-CoV-2. Os temas “Convívio com indefinições na gestação, parto e nascimento”, “Interações sociais promotoras de reflexões acerca das chances de contaminação”, “Esforços de controle das chances de contaminação” e “Proteção imersa em medos” surgiram durante a análise dos dados. Concluiu-se que o estabelecimento do cuidado da criança esteve regido pelo medo da contaminação pelo coronavírus. Sendo assim, evidenciou-se que cabe ao enfermeiro, tanto da atenção hospitalar, quanto da atenção primária, dar suporte ao tornar-se mãe de uma criança nascida de risco e estruturar seu cuidado considerando as particularidades do contexto de inserção. Especificamente, na pandemia do Covid-19, são postas em relação a susceptibilidade da criança a infecções e um cenário propenso à transmissão do coronavírus.