Classificação das fitofisionomias da América do Sul cisandina tropical e subtropical: proposta de um novo sistema - prático e flexível - ou uma injeção a mais de caos?

Abstract

RESUMO O presente trabalho propõe um novo sistema de nomenclatura e classificação fisionômico-ecológica para a vegetação da América do Sul tropical e subtropical a leste dos Andes. A formulação do sistema procura desempenhar o papel de ferramenta da linguagem técnica e científica, mas também resistiu a trazer mais uma visão pessoal sobre as variações da vegetação. Desta maneira, o foco foi para a comunicação pela via da articulação prática e flexível de um conjunto de símbolos. Esta abordagem contrasta com aquelas que associam a precisão da linguagem a uma série de definições rígidas. Por outro lado, a formulação procurou também evitar excessos de liberdade para não perder o alvo prático em meio à anarquia. Foi por esse motivo que a proposta utilizou como ponto de partida o sistema mais familiar ao meio acadêmico: a classificação do IBGE para a vegetação brasileira. Entre as propostas de melhoria destacam-se as possibilidades de combinar símbolos para atender a uma ampla variação da escala espacial e respectivos níveis de detalhamento e de escolher apenas os símbolos com maior poder de descrição em cada caso.

Orchidaceae das Serras Negra e do Funil, Rio Preto, Minas Gerais, e similaridade florística entre formações campestres e florestais do Brasil

“…O termo campo rupestre foi proposto por Joly (1970), que associou esta vegetação às rochas quártzicas. No entanto, a classifi cação da vegetação campestre encontrada nas serras do sudeste e sul de Minas Gerais ainda causa discordância (Rizzini 1979;Ferri 1980;Eiten 1983;Semir 1991;Veloso 1991;Oliveira-Filho 2009). Embora os campos rupestres sejam fi sionomicamente semelhantes aos campos de altitude, eles diferem quanto à composição fl orística, à associação com as formações vegetacionais do entorno, e principalmente, quanto à litologia, de modo que, após o trabalho de Joly (1970), diversos autores (Rizzini 1979;Ferri 1980;Semir 1991;Benites et al 2003) sugeriram classifi cações buscando diferenciar as formações sobre quartzito daquelas sobre granito.…”

Relationships between structure of the tree component and environmental variables in a subtropical seasonal forest in the upper Uruguay River valley, Brazil

“…The area comprises 469.7 hectares, with an original predominance of seasonal semideciduous subtropical broadleaf submontane forest (Oliveira-Filho 2009). In some difficult to access areas, especially slopes with steep inclines, some of the remaining vegetation has reached an advanced stage of ecological succession, suggesting the absence of selective cutting (timber extraction).…”

“…From this perspective, deciduous forests have been described as being strongly associated with the seasonality of precipitation and temperature (Oliveira-Filho et al 2009), which directly affect leaf fall throughout the year. The debate over the expansion of forested areas during the late Holocene in southern Brazil (Behling & Pillar 2007) has greatly encouraged a discussion on the floristic elements that compose these forests, especially due to the influx of species from different climates-especially humid tropical, Antarctic and tropical dry (deciduous) (Jarenkow & Budke 2009).…”

Tree species composition in areas of Atlantic Forest in southeastern Brazil is consistent with a new system for classifying the vegetation of South America

“…Elevational variations, for example, are often contemplated in these systems, with assigned ranges, such as lowland, submontane and montane (Veloso et al 1991;IBGE 2012). On the basis of the IBGE system, Oliveira-Filho (2009) proposed a new classification system for vegetation types in extra-Andean tropical and subtropical South America, aimed primarily at describing vegetation types at finer scales than those allowed by the IBGE system (< 1:10 vs. < 1:100,000). Because of its finer scales, the new system also allows the incorporation of ecological features that cannot be evaluated with the IBGE scale, particularly those related to soils, topography and drainage.…”

“…The five levels include climatic regime (rain, cloud, seasonal, semi-arid and maritime), leaf-flush regime (evergreen, semideciduous, deciduous, alternate and ephemeral), thermal regime (tropical/subtropical), elevational belt (coastal, lower plains, upper plains, lower highlands, and upper highlands) and substrate (sandy, rocky, eutrophic, slope, etc.). While the IBGE lists 28 formations, the new system-hereafter referred to as the Oliveira-Filho system (Oliveira-Filho 2009)-allows up to 202 combinations, if the substrate is disregarded. Nevertheless, because of the above-mentioned flexibility, the user rarely needs to apply all levels.…”