A Psicologia Escolar E Educacional Em Tempos De Pandemia

Abstract

This year the Brazilian Association of School and Educational Psychology-ABRAPEE celebrates 30 years. It was founded in 1990 by a group of psychologists interested in bringing together scholars and professionals in the field, aiming at the legal recognition of the need for the school psychologist in educational institutions, as well as, stimulating and disseminating research in the field of School and Educational Psychology. The School and Educational Psychology Journal was created in 1996, by ABRAPEE, consistent with the objectives of the association, for the dissemination of the knowledge that is being produced in the area. It is enough for the reader to consult the summaries of the journals, in all these years, to verify that the authors of the articles presented, in their works, themes linked to the historical needs generated in society, within the scope of Psychology and Education. As stated by Marx and Engels (2007, p. 43) "the circumstances do the men, just as the men do the circumstances". It was, therefore, the historical context that led researchers, professionals, teachers and students to provide us with such important discussions published in these years. Turning 30 makes us very happy, proud to have a Psychology that defends human emancipation, that fights for equal rights to material and cultural goods, among other defenses in favor of the humanization process. However, at the same time there are a lot of contradictions that permeate everyday life, the moment of joy but also of contradictory feelings. Joy for the three-decade anniversary, but sadness for the current situation in which we live due to the COVID-19 pandemic. So far we have had about 160,000 dead. Bereaved families, suffering of people who need to continue the daily struggle of survival without their loved ones. In an article published by NUPENS / USP 4 , we read that the editorin-chief of the British scientific journal Lancet, Richard Horton, made a warning that currently. the world is experiencing two health situations: coronavirus infections and a series of chronic non-communicable diseases. [...] both conditions affect social groups, and this occurs according to the patterns of inequality deeply ingrained in our societies. Thus, the magazine classifies covid-19 as syndemic (basically, a synergy of epidemics), which requires much broader action to protect the health of communities. [...] concept of syndemic, created by Merrill Singer, a researcher in the field of medical anthropology, in the 1990s. In 2017, the term returned to the Lancet pages, when Singer stated that the term reveals important social and biological interactions in prognosis, treatments and the construction of public health policies. "Limiting the damage caused by SARS-CoV-2 is an action that requires much greater attention to chronic diseases and socioeconomic inequality," wrote Horton, stressing that issues such as education, work, housing, food and the environment must be considered. (Nupens / USP, 2020).

O papel do acolhimento para a permanência do estudante na escola

“…A pandemia causada pela COVID-19 ocasionou uma situação inimaginável, bem como um período longo de distanciamento e isolamento social, resultando em uma rápida e abrupta transição para o formato de educação à distância. Dessa forma, o ensino remoto trouxe mais tecnologias e inovações nas práticas pedagógicas, contudo resultou em forte transtorno emocional em milhões de estudantes e familiares devido às vulnerabilidades históricas das organizações educacionais e os distintos níveis de aprendizagem dos estudantes (FACCI et al, 2020).…”

“…O acolhimento proporciona que as pessoas se tornem mais próximas, cria, promove, fortalece elos, conexões, vínculos fundamentados num sentimento de confiança. Ter uma atitude de acolhimento é ser receptivo ao outro, é dar espaço, é promover uma escuta ativa; acolher é ser e estar presente, é oferecer um olhar, um gesto de carinho, de atenção, é oferecer um ombro amigo, é estender uma mão amiga (FACCI et al, 2020).…”

“…Para desenvolver ações de acolhimento, uma sugestão pode ser a escola abrir espaços para fazer uma escuta ativa, através de rodas de conversa em que possam ser compartilhadas experiências, pensamentos e emoções vividas na pandemia. Será importante oferecer conforto para o estudante perseverar nos estudos (FACCI et al, 2020).…”

Escuta on-line de professoras: construções coletivas do estágio em Psicologia

“…A pandemia trouxe maior visibilidade para diversos problemas sociais que acometem as escolas e perpassam os fazeres pedagógicos. De acordo com Facci et al (2020) a Covid-19 evidenciou as condições precárias e desumanas em que vive grande parte da população brasileira, com impactos também no acesso às informações científicas (e à devida compreensão destas) e nos modos de enfrentamento da doença. É importante destacar que a compreensão adequada da ciência não está relacionada apenas à condição socioeconômica, mas à possibilidade de cada sujeito, em seu processo de escolarização, de se apropriar de conceitos científicos e desenvolver suas funções psicológicas superiores (Vygotski, 1993).…”

“…Perdas de direitos e excesso de trabalho, tem se intensificado com a pandemia e causado adoecimento de educadores. Neste sentido, Facci et al (2020) retomam a urgência da prática da Lei 13.935/2019 que dispõe sobre a sobre a prestação de serviços de Psicologia e de Serviço Social nas redes públicas de Educação Básica e ressaltam a implicação da psicologia na busca por uma sociedade mais justa, saudável e atenta aos seus direitos.…”