A morte e o morrer: contributos para uma prática sustentada em referenciais teóricos de enfermagem

Abstract

Resumo OBJETIVO Identificar a concordância dos enfermeiros sobre as concepções de enfermagem com potencial para sustentar a sua prática no âmbito da morte e dos processos de morrer. MÉTODO Estudo quantitativo, exploratório e descritivo, realizado em 36 hospitais de Portugal, de julho de 2015 a março de 2016, com participação de 3451 enfermeiros. Na coleta de dados utilizou-se o questionário e na análise recorreu-se à estatística descritiva e inferencial. RESULTADOS Dentre as concepções com potencial para sustentar a prática, os enfermeiros salientam as de Virginia Henderson, Afaf Meleis e Madeleine Leininger. As variáveis que afetam o grau de concordância são: região, serviço, gênero, formação profissional e tempo de exercício profissional. CONCLUSÃO Considerando os atuais desafios, de uma prática predominantemente centrada na satisfação das necessidades, emerge a pertinência da intencionalidade da ação dos enfermeiros, no sentido de facilitar a vivência da morte e dos processos de morrer, de formas culturalmente significativas.

Tecnologias da Informação e Comunicação no cuidado de enfermagem pós-moderno: perspectivas filosóficas

“…Jean Watson e Madeleine Leininger foram as teoristas pioneiras a apresentarem o termo cuidado humano na Enfermagem. Watson, em 1985 ressaltou o mecanismo de "cuidar de" outro ser humano, e que tal mecanismo implica em uma abordagem além de humanística, uma abordagem comportamental (7) .…”

Os Desafios Da Equipe De Enfermagem No Processo De Trabalho No Enfrentamento Do Sars-Cov-2

“…Todos os seres vivos passam por essas duas etapas, pois é a ordem natural da vida na terra. Quando se fala no tema "morte" é possível se deparar com diversas opiniões e intepretações, muitos encaram como algo natural que de alguma forma vai acontecer e que todos tem que passar, já para outros é vista diante de várias emoções, por ser uma palavra de forte expressão, que muitos evitam até falar (CARDOSO et al, 2019).…”

“…Isso acontece porque na formação em saúde o foco é excessivamente direcionado a dilemas biomédicos, distante da formação em cuidados paliativos(RIBEIRO et al, 2019).Quando o tema morte se manifesta o estudante tende a entender que não realizou as intervenções necessárias para salvar a vida do paciente, pois está focado na doença e na cura da pessoa enferma. Desta forma tanto alunos como professores de enfermagem demonstram não haver preparo necessário para o enfrentamento da morte da pessoa que está sob seus cuidados, acabando distanciando dos seus pacientes(CARDOSO et al, 2019).Diante desses conflitos é importante realizar estudos e análises que permitem aprofundar no tema de morte, assim como entender os sentimentos de estudantes e profissionais de enfermagem ao deparar com paciente em estado terminal ou diante do óbito. Esses estudos contribuem para que estudantes e profissionais de enfermagem sejam formados para saber lidar com a morte de seus pacientes, driblando suas emoções diante do conflito e assim mais preparados possam transmitir segurança para ambos os lados envolvidos.…”

Death in the intensive therapy unit: nursing perceptions / A morte na unidade de terapia intensiva: percepções da enfermagem / Muerte en la unidade de terapia intensiva: percepciones de enfermería

“…Estudos apontam que mesmo os profissionais da enfermagem lidando diretamente com o paciente em óbito, os mesmo não estão totalmente preparados para esse processo. Em muitos casos, pode ocorrer desses profissionais experimentarem sentimentos de fracasso, estresse, desânimo e culpa, principalmente quando é impossível a eles "salvar" aquele paciente (5)(6) . Isto pode ser justificado pelo fato de que na graduação pouco fala-se sobre medidas de enfrentamento à morte, sendo a preservação da vida bem mais enfatizada (7) .…”