Estudo etnofarmacológico em entorno de floresta urbana como subsídio para a implantação da Fitoterapia no Sistema Único de Saúde

Abstract

RESUMO:O estudo etnofarmacológico pode ser definido como exploração científica interdisciplinar dos agentes biologicamente ativos, tradicionalmente utilizados por populações humanas e que fazem parte de um acervo de conhecimento compartilhado. Desta forma o presente estudo teve como objetivo o estudo etnofarmacológico de plantas medicinais, no entorno de floresta urbana na Reserva Biológica Poço D'Anta em Juiz de Fora/MG visando a implantação da fitoterapia no Sistema Único de Saúde. Para este, realizou-se levantamento com três diferentes amostras: profissionais de saúde, domicílios em geral e especialistas locais. Quanto aos profissionais de saúde, pôde-se constatar que nenhum entrevistado soube conceituar o termo "Fitoterápico" e que não conheciam as políticas vigentes. Constatou-se que há aceitabilidade da implantação de Fitoterapia na saúde pública, porém, o conhecimento do tema é limitado. A partir das entrevistas nos domicílios em geral e com os especialistas locais, selecionou-se um total de 20 espécies botânicas para análise estatística e confirmação farmacológica. Esses resultados possibilitaram confrontar o conhecimento cultural com científico, com base em 14 espécies que poderiam ser cultivadas em horto na Reserva Biologica Poço D´Anta, com base em suas relevâncias locais. Os resultados obtidos podem subsidiar a aproximação do saber popular em relação ao científico, servindo de base para manutenção e fomento da implantação da Fitoterapia no sistema único de saúde. Palavras-chave: etnofarmacologia, plantas medicinais e terapias complementares.ABSTRACT: Ethnopharmacological study surrounding urban forest as a resource for the implementation of herbal medicine in the National Health System. The ethnopharmacological study can be defined as an interdisciplinary scientific exploration of biologically active agents, traditionally used by human populations and part of a shared body of knowledge. Thus, the current study focused on the ethnopharmacological research of medicinal plants, in the surroundings of the urban forest in the Biological Reserve PoçoD'Anta in Juiz de Fora / MG, aiming on the implementation of the herbal medicine in the Public Health System. For this purpose, a survey was held with three different groups: health professionals, members of the community and local experts. Concerning the health professionals, it could be verified that none of the participants were able to explain the term Phytotherapic and neither they had knowledge about the relevant and applicable policies.The acceptability for the implantation of Phytotherapy for public health use was observed, but the knowledge about this subject is limited. From the interviews with members of the community and local experts, a total of 20 plant species were selected for a statistical analysis and pharmacological confirmation. These results made possible to compare the cultural knowledge with the scientific one, defining 14 species that could be grown in the garden of the Biological Reserve Poço D'Anta, based on their local relevance. The ...

Medicamentos fitoterápicos: prevalência, vantagens e desvantagens de uso na prática clínica e perfil e avaliação dos usuários

“…Patients commonly use medicinal plants, yet they do not report it to their doctors, as confirmed in one study 17 performed among the 102 users of the Primary Healthcare Unit in Juiz de Fora (MG), whereas 47% confirmed that they did not report this fact. Medicinal plants are lower priced when compared to phytotherapeutic and allopathic drugs.…”

“…In the study, as mentioned earlier 17 in Juiz de Fora (MG), 142 healthcare professionals were interviewed, and none of them knew how to define the term phytotherapy. 58.4% were self-taught on their knowledge about the subject, and only 13% confirmed to have obtained that knowledge in university 17 .…”

“…In the study, as mentioned earlier 17 in Juiz de Fora (MG), 142 healthcare professionals were interviewed, and none of them knew how to define the term phytotherapy. 58.4% were self-taught on their knowledge about the subject, and only 13% confirmed to have obtained that knowledge in university 17 . One study 12 on 96 bachelors in Family Healthcare Strategy in Petrolina-PE confirmed that 66.7% did not know the difference between phytotherapeutic and homeopathic medications and, despite that, 36.5% confirmed that they prescribed these drugs.…”

Plantas Medicinais E Fitoterápicos: Percepção De Trabalhadores Da Atenção Primária De Municípios Do Sudeste Goiano

“…Os estudos resultantes da busca supracitada abordam a falta de compreensão dos profissionais de saúde sobre a fitoterapia e a ausência de conhecimento a respeito das políticas vigentes (COLET et al, 2015;NASCIMENTO JÚNIOR, et al, 2016;BORCARD et al, 2015). Demonstram a importância da inserção da fitoterapia nos serviços de atenção primária, bem como a garantia ao acesso a produtos naturais (BRITO et al, 2017; ANTONIO; TESSER; MORETTI-PIRES, 2014; FIGUEREDO; GURGEL; GURGEL JUNIOR, 2014).…”

Esferocitose Hereditária: A Importância De Uma Abordagem Adequada

“…Quanto ao ano de formação desses profissionais, 38,9% dos entrevistados relataram ter concluído a graduação entre 2009-2014, sendo que estes, na sua totalidade, relataram não ter tido contato com disciplinas relacionadas à fitoterapia e plantas medicinais durante a graduação, sendo dados citando este dado como fator dificultante e limitador na hora da prescrição. Dados semelhantes foram encontrados no trabalho que pesquisou a intenção de uso da fitoterapia na Atenção Básica de Canoas-RS, trabalho realizado com 27 médicos (ROSA, 2011), e assim como Borcard (2015), os entrevistados relataram não ter cursado nenhuma disciplina que abordasse a fitoterapia em seu conteúdo programático.…”