Globalização e cafés especiais: a produção do comércio justo da Associação dos Agricultores Familiares do Córrego D’Antas - ASSODANTAS, Poços de Caldas (MG)

Abstract

Artigo recebido em 12/01/2015 e aceito para publicação em 19/11/2015 RESUMO:Desde a última grande crise internacional do café, na década de 1990, a produção de cafés especiais tem sido considerada uma das principais alternativas de mercado para os pequenos cafeicultores. Todavia, o aumento do consumo mundial deste tipo de café atraiu também a atenção de grandes empresas exportadoras, torrefadoras e varejistas, com consequente padronização da produção. Se por um lado a entrada neste tipo de mercado trouxe importantes benefícios para pequenos produtores, particularmente, em países reconhecidos pela produção de cafés de qualidade inferior e pela insuficiente organização coletiva dos cafeicultores, como o caso brasileiro, por outro, a regulação externa e a atuação de grandes empresas têm alargado as diferenças de poder e distribuição do valor ao longo do circuito espacial produtivo. Dessa forma, este artigo tem como objetivo principal analisar a inserção dos pequenos produtores da Associação dos Agricultores Familiares do Córrego D'Antas, Poços de Caldas (MG), no Comércio Justo. Para isso, parte-se do debate sobre a mundialização e padronização da produção de cafés especiais. Em seguida, aprofunda-se a análise no Comércio Justo, para, finalmente, destacar os benefícios e desafios enfrentados pela Assodantas. Palavras-chaves: Globalização; Cafeicultura; Cafés especiais; Comércio Justo; Assodantas -Poços de Caldas-MG (Brasil).ABSTRACT: Since the last major international coffee crisis, in the 1990s, the production of specialty coffee has been considered one of the main market alternatives for small farmers. However, the increase in world consumption of this type of coffee has also attracted the attention of major exporters, roasters and retailers, with consequent standardization of production. On the one hand, the entry in such markets has important benefits for small producers, particularly in countries recognized by the production of lower quality coffee and insufficient collective organization of farmers, as the Brazilian case, on the other hand, external regulation and the role of large companies have extended the differences of power and distribution of value along the productive spacial circuit. Therefore, this article aim to examine the paradox resulting from the

Technological Inclusion in Small Coffee Plantations in the South of the State of Minas Gerais, Brazil

“…Data analysis reveals the impact of job generation on farms when there is an increase in schooling level. Investment on siblings´ education is highly appreciated since they may administer the farm and shun being used as mere force labor to the detriment of higher schooling (Frederico & Barone, 2015).…”

“…It must be emphasized that investment in technology in coffee production decreased external labor force on small farms and, consequently, an increase in profit (Perdoná et al, 2012;Sette et al, 2010;XIA et al, 2015). Such activity underscores the labor of small farmers with coffee plantation as their main income (Frederico, 2013;Frederico & Barone, 2015;Vilela & Rufino, 2010).…”

“…As an indirect result of the process, the coffee market has propped Brazilian economy, together with other agricultural products (Barra & Ladeira, 2016;Dos Santos et al, 2009). The coffee production region, comprising Machado, Poç o Fundo and other neighboring towns in the south of the state of Minas Gerais, has been in the limelight since it is mostly composed of small-sized farms which financially depend on their own production (Frederico, 2013;Frederico;Barone, 2015;Vilela;Rufino, 2010, Cunha andPutti, 2020;Cunha et al, 2017, Gabriel Filho et al, 2017.…”

Price and Quality of Coffee (Coffea Arabica L.) Dried Using Air Dehumidified by Convection

“…This way, small farmers would be able to use DU since they have a maximum capacity of 75 m 3 . In this sense, Frederico & Barone (2015) argued that specialty coffees have been one of the main market alternatives for small coffee growers; these authors analyzed market insertion of small producers and debated globalization and standardization of specialty coffee production.…”