2018
DOI: 10.1590/1982-37030004312016
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Para uma Concepção Discursiva dos Afetos: Lacan e a Semiótica Tensiva

Abstract: Resumo Buscamos, com esse artigo, apresentar como determinadas teses gerais de Lacan sobre a linguagem podem também nos fornecer e corroborar elementos para uma abordagem discursiva do afeto como alternativa aos projetos de sua redução biológica. O procedimento realizado foi o operar um diálogo entre a teoria lacaniana do significante e a semiótica tensiva para, a partir dos conceitos psicanalíticos de sujeito e Outro, e os semióticos de intensidade e extensidade, delimitar diretrizes para reposicionar o afeto… Show more

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“…Porém, cada indivíduo interpelado pela ideologia irá se constituir em sujeito de sentidos e desloca do discurso universal dos efeitos do adoecimento no corpo, para sua relação com a exterioridade, ou seja, o sujeito afetado pelo inconsciente traz a questão da não-unidade e não-homogeneidade. Assim, o adoecimento no corpo será sentido de maneira única, particular, individual e intransferível, a partir da sua relação do "eu" com o Outro, do corpo com a linguagem, no seu território, na sua comunidade, o sujeito não enuncia o "eu" (ORLANDI, 2013;GUIMARÃES, 1998;RAVANELLO, 2018). Quando o Estado deixa de assegurar a proteção social com a garantia dos direitos constitucionais, e se isenta em fazer políticas públicas de saúde, desloca o sujeito numa posição de "não" cidadão, e age sobre ele os efeitos da doença no corpo e na sua vida, pois particulariza o problema, atribuindo ao próprio sujeito a responsabilidade integral pelo seu adoecimento.…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified
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“…Porém, cada indivíduo interpelado pela ideologia irá se constituir em sujeito de sentidos e desloca do discurso universal dos efeitos do adoecimento no corpo, para sua relação com a exterioridade, ou seja, o sujeito afetado pelo inconsciente traz a questão da não-unidade e não-homogeneidade. Assim, o adoecimento no corpo será sentido de maneira única, particular, individual e intransferível, a partir da sua relação do "eu" com o Outro, do corpo com a linguagem, no seu território, na sua comunidade, o sujeito não enuncia o "eu" (ORLANDI, 2013;GUIMARÃES, 1998;RAVANELLO, 2018). Quando o Estado deixa de assegurar a proteção social com a garantia dos direitos constitucionais, e se isenta em fazer políticas públicas de saúde, desloca o sujeito numa posição de "não" cidadão, e age sobre ele os efeitos da doença no corpo e na sua vida, pois particulariza o problema, atribuindo ao próprio sujeito a responsabilidade integral pelo seu adoecimento.…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified
“…Apresenta como o sujeito produz o seu dizer, sob quais condições vivencia suas experiências reveladas nas contradições e resistências, pois a linguagem não é transparente, os sentidos não são conteúdos estagnados em síntese e sintaxe, ou seja, os sentidos não estão definidos, são inacabados, mudam de acordo com as formações ideológicas do sujeito, que é afetado pela língua e história e (re) significam. O discurso não é totalmente livre, nem totalmente determinado por mecanismos exteriores (TFOUNI, MONTE-SERRAT, CHIARETTI, 2011;ORLANDI, 2013 A língua é a condição do discurso, é a base para construção do processo discursivo, onde uma só língua para várias culturas. O processo discursivo é a relação do histórico e social, e a tomada de posição do sujeito pelo seu discurso, na AD não se trata apenas de transmissão da informação, mas inesgotáveis maneiras de produção de sentidos.…”
Section: Tuberculose: Adoecimento E Prevençãounclassified
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