O ato de consumir adquiriu distintos sentidos e relações, que extrapolam o significado econômico, traduzindo-se em um acontecimento, sobretudo social. Nesse sentido, o estudo tem como objetivo analisar os sentidos e significados incorporados à ação de consumir na sociedade capitalista. Baseando-se em três bases argumentativas: por meio de Veblen, estudou-se a presença de instituições, especialmente hábitos mentais enraizados socialmente como mecanismo para a determinação do consumo conspícuo; a partir de Bourdieu, analisou-se as relações entre o consumo e as classes sociais, com a visão que investiga grupos de status, distinção e simbologia no ato de consumir; e através do olhar de Bauman, vislumbra-se que o consumo deixou de ser o elemento de inclusão, refletindo-se, em uma sociedade de consumidores. Assim, percebe-se que o consumo, que garante prestígio e os usos atribuídos aos objetos e a velocidade de troca, tornaram-se definidores do pertencimento a uma elite, da inclusão e exclusão social.