Examinamos, neste trabalho, utilizando o referencial teórico-metodológico da semiótica francesa, como valores conservadores e progressistas emergem no romance O Casarão da Rua do Rosário, de Menalton Braff, conforme os actantes interagem entre si e com o mundo construído pela linguagem literária. Focalizamos a experiência sensível suscitada pelo fazer opressor de uma matriarca conservadora, com rígidos valores morais e religiosos, e pelo regime político em vigor no Brasil entre 1964 e 1985. A análise desvela a interação conflituosa entre a matriarca e sua irmã caçula, que, junto aos seus filhos, rejeita o conservadorismo figurativizado pelo próprio casarão onde vivem.