Este texto se baseia em pesquisas etnográficas sobre as relações de pessoas e coletivos afrodescendentes no Caribe e na América Latina com monumentos, artefatos, performances, ‘obras de arte’, ‘coleções’, alimentos, seres espirituais, ‘naturais’ e paisagens. Discute como, nas socialidades afro-diaspóricas, os processos e práticas de pertencimento ancestral, de recriação e transformação de si, de reparação e libertação lidam com materialidades e agências que estão articuladas a historicidades constituídas por uma miríade de agentes e instituições convencionalmente ditas "modernas". Para isso, debate como, em certas vertentes clássicas e contemporâneas da chamada "antropologia afro-americana", tais articulações reverberadas por uma antropologia do Caribe foram desconsideradas.