Associação entre qualidade de vida e ambiente de trabalho de enfermeiros

Abstract

Resumo Objetivo: Verificar a associação entre dados demográficos e laborais, qualidade de vida e ambiente de trabalho dos enfermeiros. Método: Pesquisa transversal e correlacional em hospital universitário terciário. Participaram 143 enfermeiros, por meio de instrumentos autoaplicáveis no período de janeiro a junho de 2017. A relação entre escores da qualidade de vida, ambiente de trabalho e dados demográficos e laborais foi analisada pelo ajuste de modelos de regressão linear múltipla com resposta normal para cada domínio do instrumento. Relações foram estatisticamente significativas se p<0,05. Resultados: O ambiente de trabalho apresentou média de 2,3 e a qualidade de vida 14,1. As associações mostraram significância estatística negativa: trabalho em unidades especiais e fechadas nos domínios físico e psicológico; receberam promoção nos últimos 12 meses no domínio psicológico; avaliados positivamente no domínio social; suporte organizacional no domínio social e trabalham de 36-40 horas semanais no domínio ambiental. As associações positivas foram: estão satisfeitos com o salário nos domínios psicológico e ambiental; controle sobre o ambiente no domínio social e tempo de trabalho de seis a 15 e >20 anos no domínio ambiental. Conclusão: As escalas apresentaram escores favoráveis para qualidade de vida e ambiente de trabalho. As associações mostraram significância estatística em melhores escores de qualidade de vida para os que estão satisfeitos com o salário e com tempo de trabalho acima de seis anos e escores menores para os que trabalham em unidades fechadas e especiais, 36-40 horas semanais e que foram promovidos e avaliados positivamente nos últimos 12 meses.

Associação entre absenteísmo e ambiente de trabalho dos técnicos de enfermagem

“…9 A study carried out in a public university hospital in the state of São Paulo related the work environment to the quality of life of the nursing professional and verified that different factors of the work environment, such as limited resources, demotivation and overcrowding of patients, influence the quality of life of the worker in the physical, psychological and also social domains. 7 The means of the B-NWI-R scale demonstrated that the nursing technicians considered the work environment of the urgency and emergency unit as favorable. However, when the subscales were analyzed in isolation, the Environment Control subscale was the only one in which the mean was greater than 2.5, therefore being unfavorable.…”

“…Work overload, limited autonomy, ambiguity of functions, presence of conflicting relationships, and lack of professional expectations characterize an unfavorable work environment. [5][6][7] Care focused on quality, support for professional development, collaboration among different health professionals, and the promotion of nursing leadership and autonomy favor the establishment of a favorable environment for the practice, which allows for the achievement of better results not only for the patient, but also for the team and the institution, since a positive work environment impacts on work effectiveness. 5,7,8 Thus, it is essential that this work environment has nursing professionals involved with the care process to ensure safe care.…”

Fatores intervenientes na qualidade de vida de trabalhadores de enfermagem em jornada noturna

“…Os escores finais de cada domínio consideram as respostas de cada questão que compõe o domínio, sendo que quanto mais alto o escore melhor será avaliada a QV. A classificação tanto do domínio quanto das facetas foi estabelecida de acordo com as seguintes definições: necessita melhorar (quando for de 1 até 2,9); regular (3 até 3,9); boa (4 até 4,9) e muito boa (5) .…”

“…Em relação ao perfil socioeconômico e demográfico, dos 105 profissionais pesquisados, constatou-se que 66,7% são do sexo feminino, 62,9% têm idade entre 31-40 anos. Diversos estudos apontam umatendência à feminilização da força de trabalho no setor saúde, predominância que é jus¬tificada pelo fato de os cursos da área da saúde possuírem características histórico-sociais que atraem mais estudantes desse sexo (5,8,17) . O trabalho desenvolvido no ambiente hospitalar é mais prejudicial às mulheres tendo em vista que muitas das atividades ali desen-volvidas exigem grande força muscular e, conseqüentemente, imprimem maior desgaste físico (10,13) .…”

“…Nesse caso, o conceito de QV guarda relatos com aspectos da indivi-dualidade e da subjetividade de cada sujeito com base no seu próprio julgamento pessoal (4). Dessa maneira, podemos compreender que a QV pode ser alcançada a partir da obtenção da satisfação e realização pessoal, profissional e social e, consequentemente, colocam o trabalho no pensamento central da QV, porque é por meio dele que as pessoas têm procurado satisfazer suas aspirações (5) .…”