Oral complications in patients receiving head and neck radiation therapy: a literature review

Abstract

Oral cancer is a relatively common disease worldwide and its incidence rate has increased over the years. In Brazil, thousands RESUMOO câncer bucal é uma doença relativamente comum a nível mundial e que vem aumentando a sua incidência ao longo dos anos. No Brasil, milhares de novos casos surgem e o cirurgião-dentista é o profissional que precisa estar preparado para diagnosticar, prevenir, intervir e orientar os pacientes quanto a doença, seu tratamento e as complicações inerentes ao mesmo. Não existe, atualmente, uma forma de tratamento sistêmico para o câncer que tenha a capacidade de destruir as células alteradas, sem causar dado ou a morte das células normais. A cirurgia combinada com a radioterapia é uma das formas mais comuns para tratamento dos tumores malignos de cabeça e pescoço. Essa modalidade de tratamento tem obtido altos índices de cura e sobrevida aos pacientes, porém, os efeitos colaterais existentes são graves e capazes de provocar morbidade aos pacientes, diminuindo a sua qualidade de vida. Desse modo, o objetivo do trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre as principais complicações decorrentes do tratamento radioterápico, enfatizando a conduta do cirurgião-dentista frente a estas alterações.

Atuação fonoaudiológica no paciente oncológico disfágico: uso de indicadores

“…Os dados foram extraídos por uma pesquisadora, resguardando as condições de sigilo e utilização dos dados dos pacientes, conforme aprovação do comitê de ética da instituição, e agrupados no programa Excel® versão 2010. Após, foram submetidos ao programa SPSS versão 23 GI (34,6% na faixa etária de 18-57 anos e 37,9 na faixa etária maior de 67 anos). Este fato pode ser explicado devido a pacientes mais idosos estarem internados por piora clínica da doença de base e por doenças associadas, como por exemplo, -diabetes e hipertensão 12 , além do deslocamento semanal ao ambulatório ser menos trabalhoso aos pacientes mais jovens.…”

“…O fato da busca ativa ter levantado um maior número de pacientes para avaliação, pode ser justificado pelo desconhecimento de alguns profissionais perante a atuação da equipe de fonoaudiologia no âmbito hospitalar. Os distúrbios de deglutição decorrentes de tratamentos oncológicos são prontamente identificados por equipe multiprofissional e avaliados pelo fonoaudiólogo, muitas vezes com auxílio de indicadores, permitindo assim uma A disfagia orofaríngea mecânica é encontrada após cirurgias e tratamentos oncológicos (quimioterapia e radioterapia) 23 , nos casos câncer de cabeça e pescoço, pois as dificuldades de deglutição ocorrem devido à falta de controle do bolo alimentar, consequente ao déficit das estruturas necessárias para completar uma deglutição normal, como exemplo, mandíbula, língua ou ainda dentes 3 ,desta forma acarretando diretamente na qualidade de vida dos indivíduos 24,25 .…”

Aspectos sociais e de saúde bucal, qualidade de vida, xerostomia e fluxo salivar em pacientes tratados com radioterapia para neoplasias na região da cabeça e pescoço

“…Afeta principalmente a fonação, a mastigação, a deglutição, a respiração e a estética (Gaetti-Jardim Silveira et al, 2012;Sari et al, 2014). A consulta odontológica prévia à RTx é importante, a fim de prevenir complicações estomatológicas relacionadas às más condições orais que possam ser agravadas pelo tratamento radioterápico (Gaetti-Jardim Sari et al, 2014).…”

“…De acordo com o esquema terapêutico estabelecido para a RTx, e com a magnitude que o tratamento afeta a cavidade oral e estruturas adjacentes, células normais são lesionadas e refletem em danos às funções fisiológicas da região da cabeça e pescoço, que podem ser reversíveis ou irreversíveis (Lôbo e Martins, 2009;González-Arriagada et al, 2010;Paiva et al, 2010;Beech et al, 2014;Sari et al, 2014;Han et al, 2015;Pinna et al, 2015). Dentre as condições orais diagnosticadas nos pacientes irradiados na região da cabeça e pescoço, tem-se:  A mucosite que consiste em uma reação inflamatória da mucosa oral caracterizada por eritema e edema podendo evoluir para ulceração e descamação que refletirão em dificuldades para alimentar-se e perda do paladar;…”

“…A toxicidade da RTx sobre a cavidade oral, associada à xerostomia presente em maior parte desta população, contribui para o desenvolvimento de lesões de cárie, gerando altos índices CPOD (Lopes et al, 2004;González-Arriagada et al, 2010;Sari et al, 2014). O grau de severidade do índice CPOD, escolhido como preferência para estudos epidemiológicos das condições dentárias, é classificado em: muito baixo (0,0 a 1,1), baixo (1,2 a 2,6), moderado (2,7 a 4,4), alto (4,5 a 6,5) e muito alto (6,6 e mais) (Almeida, 2006;Brasil, 2011c).…”