Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) pode transformar e qualificar a atenção à saúde, devendo acontecer cotidianamente, a partir dos problemas apresentados nas instituições. Objetivo: Conhecer o perfil profissional do cirurgião dentista (CD) que atua nas Equipes de Saúde Bucal (ESB) na região Norte do Brasil, e analisar em quais ações de EPS este profissional se insere. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo com análise documental, com dados coletados do 2º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), módulo VI, de 2014, com 1.189 CD atuantes nas ESB na região Norte do Brasil. Resultados: A maioria dos CD não apresentava pós-graduação e tinha até 3 anos de atuação na ESB (74,3%). A maioria ingressava no serviço por concurso público (42,4%), apesar da “indicação” (30,6%) ser a forma predominante nos estados do Amapá (55,9%), Amazonas (35,6%) e Pará (38,9%). Predominantemente tinham vínculo temporário (48,1%), onde o estado do Amapá se destacou pela presença de 83,1% de seus CD nesse vínculo. A maioria participava de ações de EPS (69,6%), com destaque para os Estados do Amazonas (79,8%) e Tocantins (74,7%). Dentre as ações de EPS que o CD se inseria, destacaram-se as atividades presenciais (85,2%) e as trocas de experiências (33,3%). Conclusão: Constatou-se que o tipo de vínculo do CD pode gerar instabilidade profissional e pouca interação com o sistema de saúde. As novas estratégias e tecnologias da informação ainda são pouco exploradas como métodos para EPS na Região Norte.