A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Brasil, um novo modelo que engloba a Política Nacional de Saúde Mental e instituída através da Portaria nº3.088/2011 com o objetivo de ampliar e diversificar os serviços de atendimento aos usuários em sofrimento psíquico, adotou uma nova estrutura constituída por equipes interdisciplinares para realização de serviços e prestação de assistência à saúde nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS’s), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) e nas Unidades de Acolhimento (UA) tornando-se um desafio aos profissionais diante as novas diretrizes relacionadas ao contexto da interdisciplinaridade e sua prática. O Nutricionista, como profissional necessário a constituir a equipe interdisciplinar da rede, necessita promover uma expansão da sua prática clínica tradicional, associando a esta a importância em incorporar estratégias voltas à consciência ambiental e social não apenas na cozinha, mas aos profissionais e às famílias dos usuários que fazem parte da rede de atendimento. Mesmo sabendo que a alimentação e a nutrição ainda são partes desafiadoras do processo de intervenção na Rede de Saúde Mental no país, a implementação de práticas de cunho socioambiental através de iniciativas voltadas ao direito humano à alimentação e SAN (Segurança Alimentar e Nutricional), frente a um compromisso com a qualidade de vida de quem representa e frequenta a rede, tornou-se uma necessidade indispensável. Buscou-se compreender no estudo realizado a importância da nutrição e da gestão ambiental como parte integrante dos CAPS’s, diante da ausência de toda sua prática pelos serviços substitutivos em Saúde Mental do município de Campina Grande - PB, devido à falta do profissional capacitado – o Nutricionista, no intuito de contribuir para a avaliação da qualidade dos serviços que prestam assistência aos usuários da rede, considerados dispositivos estratégicos na mudança de modelo de atenção em Saúde Mental e importante avanço no processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira.