Introdução: Entre os desafios do ensino médico, na contemporaneidade, ressalta-se a inclusão e a diversidade, com a necessidade de se adequar a um novo sujeito em sala de aula: o aluno surdo. É tema que urge no meio acadêmico e faz insurgir discussões que precisam ganhar reverberação e respaldo das políticas públicas. Objetivo: Objetivou-se discutir os conhecimentos adquiridos acerca da Educação Especial no ensino superior no que concerne ao recente ingresso de alunos surdos nos cursos de Medicina e o uso da Libras para efetivá-lo no Brasil, considerando a recente sanção da Lei n.º 14.191, de 3 de agosto de 2021, que altera a Lei n.º 9.394/1996 (LDB) e trata da educação bilíngue em todos os níveis de ensino. Metodologia: Este é um artigo de revisão narrativa e critica, com pesquisa e análise de documentos legais que incluíram a CF/1988 (Educação Médica e Educação Especial), na sequência, houve a busca e nas bases de dados Scielo, Lilacs, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e repositório de dissertações e teses na base de dados da CAPES, utilizando como descritores "ensino superior inclusivo", "educação médica", "educação médica para surdos", e "Libras no ensino superior". Análise de discurso feita método WebqDa. Resultados: Os resultados surgiram da análise de dez trabalhos e foram relacionados a partir das seguintes categorias de análise: Legislação -Conquistas e Desafios; Libras na Educação Médica; Infraestrutura e acolhimento; Realidade ou utopia. Existe uma visão unanime dos autores estudados com relação à falta de estrutura comunicacional para integrar o graduando surdo ao ensino médico que se situa tanto na relação aluno-professor quanto professor-aluno. Conclusão: Embora exista uma demanda pelo ensino médico inclusivo destinado ao surdo e outra que advém da necessidade do paciente surdo, estas se mostram nos moldes da minoria que representam, tornando o ingresso na graduação, principalmente na área médica, de extrema dificuldade.