A Língua Brasileira de Sinais – Libras, foi reconhecida nacionalmente como a segunda linguagem oficial do país, ainda assim, a pessoa com deficiência auditiva vivencia a frequente descaracterização identitária resultante da dificuldade de comunicação com a sociedade majoritariamente composta por ouvintes. Tais obstáculos expõem a pessoa surda às situações de vulnerabilidade e risco social, a destacar o acesso aos serviços de saúde, indispensáveis para a manutenção da integridade física, psíquica e social do ser humano. Portanto, o presente trabalho objetiva entender como a equipe de enfermagem pode contribuir para o acesso à saúde da pessoa surda. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa e de abordagem qualitativa, através da busca bibliográfica nas bases científicas LILACS, MEDLINE, BDENF e SciELO, e análise dos estudos publicadas na íntegra, de 2011 a 2021, no idioma português do Brasil, a fim de limitar as informações coletadas à realidade brasileira. As pesquisas utilizadas para elaboração deste artigo evidenciam a dificuldade de comunicação do surdo no momento das consultas de enfermagem, impactando negativamente no acolhimento e continuidade da assistência desse paciente. Conclui-se que o enfermeiro tem muito a contribuir para a garantia do direito social à saúde, comumente negado à pessoa surda. Entretanto, para que se possa ofertar um serviço integral e eficiente, o profissional de enfermagem deve capacitar-se para tal.