“…A AFC confirmou a dinâmica entre esse conjunto de significados mostrando oposições e confluências, como culturas da trapaça e da alegria, e significados centrados na imagem da cigana e de práticas a ela atribuídas. Por meio da análise das justificativas e contextualizações apresentadas pelos sujeitos da representação, foi possível verificar, ainda, a atuação de processos psicossociais que agem como organizadores e referência para sua elaboração, cujos efeitos da categorização ancoram-se na construção histórica de significados propagados sobre os ciganos (Jodelet, 2005(Jodelet, , 2015Jodelet & Haas, 2014;Moscovici, 2003Moscovici, , 2009Villas Bôas, 2015). De fato, como discutem Trindade e outros (2011), "o caldo da história que acolhe o pensamento social, as produções culturais e jogos societais que entram em ação na fabricação das RS nos parecem ser o cimento desta possível articulação, a ser explicada a partir dos processos de ancoragem" (p. 118).…”