Friendship has been investigated in the context of international migration, but little is known about the subject in relation to internal migration, a phenomenon of great social importance in Brazil. The purpose of this article is to present and discuss data obtained in an investigation on the relations between internal migration and friendship as perceived by citizens from the state of Espírito Santo who were living in other states of Brazil, in the North, Northeast, Midwest, South and Southeast regions. Twenty adults born in the state and who had migrated to another Brazilian state participated in the investigation. The participants have been interviewed about how they perceived the relationship between friendship and migration and the data were subjected to thematic content analysis. Among the results difficulties to maintain friendships with people of the place of origin as well as difficulties in forming new friendships were observed. Friends were considered relevant for adaptation to the new state, affecting the perception of the same. The article also discusses the origin of friends, the perception of cultural differences and difficulties to make friends in another state. It is concluded that friends play a relevant role in the lives of Brazilian internal migrants and further investigations are necessary.
O tempo histórico manifesta o trabalho de elaboração dos grupos humanos na construção de diferentes objetos sociais que constituem a vida social. A partir do objetivo de se refletir sobre as representações sociais de ciganos entre não-ciganos, participaram do estudo 319 sujeitos, com idades entre 17 e 54 anos. A coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de questionários e o tratamento dos dados foi conduzido por intermédio da análise fatorial de correspondência, análise de cluster, análise de conteúdo categorial-temática e teste qui-quadrado. Nos resultados, foram identificadas três diferentes representações sociais sobre os ciganos a partir da imagem da cigana vidente, de uma cultura de liberdade e como indesejáveis, associadas a justificativas centradas na experiência do sujeito, em explicações endógenas ao grupo e comparativas entre ciganos e não-ciganos. Essa configuração orientou o debate sobre a produção de significados de densidade social a partir da ancoragem histórica.
No Brasil, as taxas de suicídio apresentaram aumento nos últimos anos, configurando o fenômeno como grave problema de saúde pública. O Centro de Valorização da Vida (CVV) e os seus voluntários atuam como principal alternativa filantrópica nacional para a prevenção do suicídio. Compreender como os voluntários do CVV representam o fenômeno se faz necessário para entender as práticas de prevenção realizadas na instituição. Portanto, este estudo objetivou analisar o conteúdo do campo representacional associado ao objeto de representação suicídio pelos voluntários do CVV Vitória/ES. Foram entrevistados 19 voluntários do CVV Vitória/ES, com instrumento baseado em roteiro semiestruturado. Para análise dos dados, foram utilizados os recursos da Análise de Conteúdo. Os resultados apontaram para a organização do campo representacional referente ao suicídio a partir de três categorias temáticas principais: 1) Memórias e vivências: o voluntário do CVV; 2) Risco e proteção; e 3) Suicídio: como o avaliam e como se sentem os voluntários do CVV. Discute-se acerca da dimensão afetiva das representações sociais de suicídio entre os voluntários, bem como a atribuição da adolescência como principal grupo de risco e a ancoragem do objeto de representação suicídio em conhecimentos religiosos e científicos.
Nos últimos anos, o suicídio vem se configurando como assunto de grande interesse nas mídias sociais, sendo pauta de inúmeras reportagens e debates públicos. Neste estudo, objetivou-se apreender as representações sociais de suicídio entre usuários do Facebook por meio da análise dos comentários em notícias veiculadas por jornais do estado do Espírito Santo. Foram coletados 2.803 comentários relacionados a notícias de suicídio publicadas entre 2015 e 2018. Os dados foram analisados através da Classificação Hierárquica Descendente e da Análise Fatorial de Correspondência, por meio do software Alceste. Os resultados indicaram que o campo representacional de suicídio está organizado em três representações sociais: (i) o suicídio como questão religiosa, (ii) como fenômeno associado às novas gerações, e (iii) como ato egoísta, com reflexos negativos no funcionamento das cidades e na rotina da população. Discutem-se as representações sociais de suicídio no contexto da cibercultura a partir dos processos de ancoragem e de objetivação. Observou-se que o contexto digital funcionou como canal de expressão de afetos predominantemente negativos em relação ao tema por parte dos comentaristas. Espera-se contribuir para a ampliação do debate sobre o assunto, tendo em vista a necessidade de ressignificação de práticas que ainda o remetem ao lugar de tabu social.
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