Bruxismo do sono: estudo de base populacional em pessoas com 18 anos ou mais na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul

Abstract

RESUMO: Objetivos: Avaliar a prevalência do bruxismo do sono, bem como seus principais sinais e sintomas, na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul. Avaliar a associação do bruxismo do sono com sexo, idade, escolaridade e estresse psicológico. Método: O estudo foi do tipo transversal. Uma amostra representativa da população (1.280 pessoas residentes na zona urbana da cidade com idade maior ou igual a 18 anos de idade) foi entrevistada. A avaliação do bruxismo do sono foi realizada por meio de questionário baseado nos critérios diagnósticos da Classificação Internacional de Distúrbios do Sono. Resultados: A prevalência de bruxismo do sono encontrada na população foi de 8,1% (intervalo de confiança de 95% - IC95% - 6,6 - 9,5). Entre os sinais e sintomas da disfunção utilizados para o diagnóstico de bruxismo do sono, o desgaste dentário (70,3%) e a dor nos músculos mastigatórios (44,5%) foram os mais frequentemente relatados pelas pessoas que declararam ranger os dentes durante o sono. Não houve diferença significativa na prevalência de bruxismo do sono entre os sexos. A faixa etária com mais de 40 anos teve maior prevalência de bruxismo do sono. A disfunção foi associada a um maior nível de escolaridade (razão de prevalência - RP = 1,92; IC95% 1,35 - 2,72) e de estresse psicológico (RP = 1,76; IC95% 1,11 - 2,81). Conclusão: O bruxismo do sono tem uma importante prevalência na população em geral, causando diversos danos ao sistema estomatognático. O estresse psicológico é um fator de risco para essa disfunção.

Associação Entre Qualidade Do Sono, Bruxismo Do Sono E Sonolência Diurna Excessiva Em Adolescentes / Sleep Quality and Its Association With Sleep Bruxism and Daytime Sleepiness in Adolescents

“…Issues related to sleep quality are common symptomatic consequences reported in individuals with bruxism (SOUSA Et al., 2018;PONTES & PRIETSCH, 2019). This fact was confirmed by the findings of the present study, which observed an association between poor sleep quality and sleep bruxism, which may be motivated by micro-awakenings and sleep fragmentation, culminating in non-restorative sleep, consequently interfering with its quality, leading to daytime sleepiness of the adolescent on the following day (SERRA-NEGRA et al, 2017).…”

“…Sleep bruxism differs from the habit of grinding the teeth during the day, also called awake bruxism, which involves different states of consciousness. Therefore, daytime bruxism is a semivoluntary activity, while sleep bruxism is unconscious, since the individual is sleeping (PONTES & PRIETSCH, 2019).…”

“…The prevalence of sleep bruxism in society is imprecise and underestimated, since studies usually involve different populations and methodologies (PONTES & PRIETSCH, 2019), with prevalence ranging from 9.2% to 15.0% being found in the literature (CARRA et al, 2011;PERLMAN et al, 2016). Etiology is considered multifactorial, and may be related to sleep disorders, pathologies of the central nervous system, drugs, chronic pain, emotional changes, anxiety, depression and stress conditions (DEL CIAMPO et al, 2017;BISCHHOFFSHAUSEN et al, 2019).…”

Sleep Bruxism Episodes in Patients with Obstructive Sleep Apnea Syndrome Determined by In-Laboratory Polysomnography

“…Some general population studies have reported that SB decreases with age [28][29][30]. There are also reports that SB is not associated with gender in adults [26,31], although SB seems to be more prevalent in men [32]. Martynowicz et al suggested that diabetes mellitus and male gender might be associated with SB in cases of OSAS [14].…”

Prevalence of Sleep Bruxism and Association with Oral Health Conditions in Schoolchildren in a Municipality in Southern Brazil

“…A recent study with a representative sample of the population aged 18 years or older in the city of Rio Grande, Brazil, showed 8.1% prevalence of sleep bruxism. Dental wear and pain in the masticatory muscles were the most reported signs and symptoms [7]. On the other hand, a study involving 440 children aged 8 to 10 years in Diamantina, Brazil, pointed out a prevalence of probable sleep bruxism of 40%, with greater occurrence in children with onychophagia and who usually bite objects [8].…”