Leptospirose no município de Campinas, São Paulo, Brasil: 2007 a 2014

Abstract

RESUMO: Objetivo: Analisar a distribuição de casos e óbitos humanos por leptospirose, segundo características sociodemográficas, epidemiológicas, clínicas, tempo de atendimento, pluviosidade e distribuição espacial em Campinas, São Paulo, no período de 2007 a 2014. Método: Estudo ecológico utilizando informações dos casos confirmados de leptospirose. Realizou-se análise descritiva dos casos, segundo variáveis selecionadas. A relação entre casos autóctones e pluviosidade foi verificada pelo coeficiente de correlação de Spearman. Georreferenciaram-se casos/óbitos por áreas classificadas segundo indicadores socioambientais. Resultados: Dos 264 casos, 76,1% eram homens e 58,4% tinham entre 20 e 49 anos. Cerca de 55% foram hospitalizados. Prevaleceu o diagnóstico clínico-laboratorial (89,4%) e a letalidade foi de 10,6%. Na área urbana, ocorreram 74,2% dos casos e, 48,9%, no domicílio. O principal fator de risco foi o local com sinal de roedores. Houve forte correlação entre a incidência de casos e a pluviosidade (p < 0,05) nos anos de 2010 a 2012. Observou-se maior concentração de casos na região centro-sudoeste. A distribuição espacial dos casos/óbitos mostrou aglomerados em regiões classificadas como de menor nível socioeconômico. Conclusão: Os padrões de ocorrência de leptospirose em Campinas, São Paulo, mostraram similaridade com outras cidades brasileiras. A identificação de áreas com maior incidência de casos/óbitos contribui para a adoção de estratégias específicas de intervenção e priorização de recursos na redução do risco de infecção e tratamento precoce dos acometidos pela doença.

Human leptospirosis in the municipality of São Paulo, SP, Brazil: distribution and trend according to sociodemographic factors, 2007–2016

“…The fact that most cases were reported in an urban area and/or in a home environment corroborates results observed in numerous Brazilian studies [6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16]17,19,[35][36][37][38][39] . In addition, the most frequent exposures-involving water, flood mud and the presence of synanthropic rodentswere also reported in studies carried out in developing countries 16,17,40 .…”

“…Other studies have reported similar results, with the disease more prevalent in males and in economically active age groups in Brazil 11,[17][18][19] and abroad [20][21][22][23][24] , but the type of exposure and the risk factors associated with the disease varied around the world. In general, in more developed countries, the disease is linked to occupational activities, recreational activities and international trips to endemic areas, mainly for adventure tourism 25,26 .…”

“…The south, east and north regions may be more vulnerable to the disease, as there are more administrative districts with high demographic density, low housing standard, precarious basic sanitation and disposal of solid waste, high level of social vulnerability, scarcity of public services and facilities, among other factors 44 . In fact, Pelissari et al 35 , Soares et al 6 and Lara et al 17 pointed out that leptospirosis is linked to low socioeconomic levels and environmental factors. On the other hand, the southeastern, western and central regions have administrative districts with higher per capita income, low levels of social vulnerability, good housing standards, water supply, sewage and solid waste collection practically in their entirety 44 .…”

Pediatric Leptospirosis: A Case Report and Review of Literature

“…Leptospira are spiral-shaped, highly motile aerobic spirochetes and contain 18 or more helices per cell. 2 , 3 …”

“… 5 Leptospira can survive in water or muddy soil with a slightly alkaline pH for up to 6 months. 3 Leptospira infection in cattle, sheep, goats, and pigs can cause signs of disease, leading to death or spontaneous abortion, although infected animals may be asymptomatic. Humans become infected when their mucous membranes or damaged skin comes into contact with contaminated water, contaminated soil, or infected animal tissues.…”