Alguns obstáculos precisam ser discutidos e superados para que as práticas avaliativas voltadas às aprendizagens sejam implementadas no sistema educacional. Pensar em uma avaliação formativa, seja através dos exames ou de outros formatos avaliativos, requer o rompimento da visão classificatória da avaliação e da perspectiva dicotômica do erro. O principal argumento que defendo neste texto é que a existência de uma avaliação formativa perpassa pelo reconhecimento do erro como um elemento de grande potencial pedagógico. Ao interpretarmos o erro como um representante da ‘não aprendizagem, do ‘não saber’, reduzimos as possibilidades de intervenções didáticas. Entretanto, se interpretamos o erro como elemento de um processo, de um saber em construção, rompendo a dicotomia do certo e do errado, ampliamos as perspectivas da utilização do erro como um trampolim para a aprendizagem.